29 de maio de 2018
Pesquisa da OMS indica que obesos têm mais chance de serem fumantes
De acordo com estudo publicado pelas Nações Unidas (ONU), pessoas que têm tendência genética ao sobrepeso têm mais chances de começar a fumar e de fumar mais do que a média. Conforme noticiado na página da ONU, de acordo com o pesquisador Paul Brennan, da Agência Internacional de Pesquisa do Câncer (IARC, na sigla em inglês), cerca de 70 genes foram identificados pela primeira vez e podem explicar esse comportamento.
O estudo, publicado na revista British Medical Journal e financiada pelo Cancer Research UK, concluiu que o aumento do índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal e até da circunferência da cintura foi associado a um risco maior de ser fumante e de ter maior intensidade de tabagismo, medida pelo número de cigarros fumados por dia. Baseado em marcadores genéticos da obesidade, o estudo permite entender melhor a relação complexa entre obesidade e hábitos de fumo importantes.
A pesquisa mostrou a relação entre massa corporal e tabagismo, e também sugeriu que havia possivelmente uma “base biológica comum para comportamentos aditivos, como a dependência de nicotina e o maior consumo de energia”. Ao entender melhor o vínculo, o estudo também pode ser uma ferramenta útil para ajudar as pessoas a pararem de fumar — um hábito que mata mais de 7 milhões de pessoas a cada ano, de acordo com a OMS.
É conhecido o fato de que os fumantes têm um peso corporal menor em média do que os não fumantes, possivelmente devido à redução do apetite, mas muitos ganham peso depois de pararem de fumar. No entanto, entre os fumantes, aqueles que fumam mais intensamente tendem a pesar mais.
A prevenção do tabagismo é fundamental para reduzir a carga global de câncer e outras doenças crônicas, como doenças cardiovasculares e diabetes. A obesidade está entre as causas evitáveis mais importantes dessas doenças crônicas.