27 de junho de 2018
OMS lança nova classificação internacional de doenças
A Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou sua nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde, a CID 11. Com cerca de 55 mil códigos únicos para lesões, doenças e causas de morte, o documento é a base para identificar tendências e estatísticas de saúde em todo o mundo. A publicação traz uma linguagem comum que permite aos profissionais da área compartilhar informações em nível global.
A CID-11 será apresentada para a adoção pelos países em maio de 2019, durante a Assembleia Mundial da Saúde. A entrada em vigor do documento está prevista para 1º de janeiro de 2022. A versão disponibilizada nesta semana é uma pré-visualização que permitirá aos países planejar seu uso, preparar traduções e treinar profissionais de saúde.
A publicação é utilizada por seguradoras de saúde que usam a codificação de doenças para definir e garantir reembolsos. Os gestores nacionais de programas de saúde, especialistas em coleta de dados e outros técnicos que determinam a alocação de recursos de saúde também usam amplamente a CID.
O documento conta com novos capítulos, um deles sobre medicina tradicional. Embora milhões de pessoas recorram a esse tipo de cuidado médico, ele nunca havia sido classificado nesse sistema. Outra sessão inédita, sobre saúde sexual, reúne condições que antes eram categorizadas ou descritas de maneiras diferentes — por exemplo, a incongruência de gênero estava incluída em condições de saúde mental. O distúrbio dos jogos eletrônicos foi adicionado à seção de transtornos que podem causar adicção.
A 11ª versão da CID reflete o progresso da medicina e os avanços na pequisa científica. Os códigos relativos à resistência antimicrobiana, por exemplo, estão mais alinhados ao sistema global de vigilância sobre o tema, o GLASS. As recomendações da publicação também refletem, com mais precisão, os dados sobre segurança na assistência à saúde. Isso significa que situações desnecessárias com risco de prejudicar a saúde – como fluxos de trabalho inseguros em hospitais – podem ser identificadas e reduzidas.