25 de julho de 2018
Surto de sarampo só será bloqueado com vacinação
Na última sexta-feira (20/7), a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ) informou que recebeu a confirmação de sete casos de sarampo no Estado do Rio de Janeiro, sendo cinco na cidade do Rio e dois em Duque de Caxias. Em São Paulo há uma confirmação e no Rio Grande do Sul 10 casos.
Embora estejam surgindo agora no Sudeste e no Sul, os casos de Sarampo começaram a ser registrados no país no início do ano em estados da Região Norte. Dados do MS mostram que, até 17 de julho, já são 414 notificações, sendo 216 confirmações e outros 160 casos de sarampo estão em investigação em Roraima. No Amazonas, são 3.120 notificações, sendo 444 confirmações e 2.529 em investigação.
De natureza viral, grave e extremamente contagiosa, o sarampo é transmitido de pessoa a pessoa, por meio de secreções respiratórias, ao tossir ou espirrar. A forma de se prevenir é por meio da vacina. A imunização, portanto, é fundamental. Como explicou à Agência Fiocruz de Notícias a pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o vírus do sarampo apresenta alta capacidade de propagação. É praticamente certo que todas as pessoas não imunizadas que entrem em contato com o patógeno serão infectadas.
Conhecida como ‘tríplice viral’ – uma vez que protege contra sarampo, caxumba e rubéola -, a vacina é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A primeira dose administrada aos 12 meses de idade, com reforço aos 15 meses.
“Este surto de sarampo somente será bloqueado com vacinação”, ressaltou na entrevista à Agência Fiocruz de Notícias Marilda. Segundo ela, não podemos perder a luta contra essa doença considerada eliminada das Américas desde 2016.
A especialista se refere ao certificado de eliminação da circulação do vírus do sarampo concedido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Foi a primeira vez na história que uma região no mundo recebia a certificação de eliminação da doença que, nos casos graves, pode causar pneumonia, cegueira, encefalite, diarreia intensa e infecções do ouvido, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.