03 de setembro de 2018
Setembro Amarelo: falar sobre suicídio é necessário
A cada 40 segundos, uma pessoa se suicida no mundo. No Brasil, são 32 brasileiros que tiram a própria vida todos os dias. Os dados, da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e do Centro de Valorizçaão da Vida (CVV), respectivamente, mostram que este é um grave problema de saúde pública e que sua prevenção deve ser prioridade.
Mas como prevenir tantas mortes? Falar sobre o assunto, por mais que ele ainda seja tabu, é o caminho. Para a OPAS/OMS, suicídios são evitáveis e há uma série de medidas que podem ser tomadas para prevenir suas tentativas. Uma delas é a Identificação precoce, tratamento e cuidados de pessoas com transtornos mentais ou por uso de substâncias, dores crônicas e estresse emocional agudo. Além disso, é fundamental o acompanhamento de pessoas que tentaram suicídio, já que a tentativa prévia é o fator de risco mais importante.
Por isso é tão importante fazer o tema deixar de ser tabu. Afinal, o estigma em torno de transtornos mentais e suicídio faz com que muitas pessoas que estão pensando em tirar suas próprias vidas ou que já tentaram suicídio não procurem ajuda e, por isso, não recebam o auxílio que necessitam.
Falar, quebrar tabus, superar estigmas e senso comum, alertar a população e conscientizar são tarefas cotidianas, mas, neste mês, ganham sentido especial: é o Setembro Amarelo, movimento para prevenção do suicídio. Mundialmente, a Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (IASP) estimula a divulgação da causa. Por aqui, a campanha foi iniciada em 2015 pelo Centro de Valorização da Vida (CVV), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).
A campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio tem o objetivo direto de alertar a população a respeito da realidade do suicídio no Brasil e no mundo e suas formas de prevenção. A escolha do mês está vinculada ao 10 de setembro, que é o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.