11 de outubro de 2018
Progresso para acabar com tuberculose nas Américas deve ser acelerado, afirma OPAS
As mortes e os novos casos de tuberculose (TB) caíram para 37,5% e 24%, respectivamente, entre 2000 e 2015 nas Américas. No entanto, o ritmo de declínio deve ser acelerado para que a região consiga pôr fim a essa doença, segundo revela um novo relatório da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). O documento “Tuberculose nas Américas 2018”, lançado às vésperas da primeira reunião de alto nível das Nações Unidas sobre a doença, proporciona uma avaliação atualizada da epidemia de tuberculose e os progressos realizados com respeito à sua atenção e prevenção na região.
Em 2017, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou 282 mil novos casos de TB nas Américas, 11% deles entre pessoas que vivem com HIV. Ao todo, 87% dos casos se concentram em dez países. Brasil, Peru e México informaram pouco mais da metade do número total. Estima-se que 24 mil pessoas morreram no ano passado por tuberculose na região, 6 mil delas coinfectadas com HIV.
Embora seja evitável e curável, a tuberculose é atualmente a doença infecciosa mais letal da região e sua persistência se deve, em grande parte, às graves desigualdades sociais e econômicas nas Américas. Desde 2015, as mortes diminuíram em média 2,5% ao ano e os novos casos caíram 1,6%; entretanto, precisam de uma velocidade de decréscimo de 12% e 8% por ano, respectivamente, para atingir as metas intermediárias para 2020 e continuar em declínio até 2030.
Acabar com a epidemia mundial de tuberculose é uma das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A estratégia “End TB” da OMS, adotada pela Assembleia Mundial da Saúde em 2014, tem o objetivo de reduzir em 80% as mortes por TB e a incidência da doença (número de novos casos a cada ano) em 80% até 2030, em comparação com os níveis de 2015.