01 de novembro de 2018
Sobe para 8 mil o número de casos confirmados de sarampo nas Américas
O número de casos confirmados de sarampo na Região das Américas cresceu 22% em um mês, conforme a mais recente atualização epidemiológica da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), com dados fechados no dia 24 de outubro. Os números são motivo de preocupação, uma vez que o vírus causador do sarampo se espalha muito rapidamente. Por isso, é importante manter e fortalecer as atividades de resposta na Região.
Ao todo, onze países das Américas notificaram 8.091 casos confirmados de sarampo em 2018: Antígua e Barbuda (1), Argentina (14), Brasil (2.192, incluindo 12 mortes), Canadá (25), Colômbia (129), Equador (19), Estados Unidos (142), Guatemala (1), México (5), Peru (38) e Venezuela (5.525, incluindo 73 óbitos).
Para controlar a propagação da doença nas Américas, a OPAS recomenda aos países que mantenham a cobertura vacinal em ao menos 95% e fortaleçam a vigilância epidemiológica, a fim de aumentar a imunidade da população e detectar/responder rapidamente a casos suspeitos de sarampo.
Além disso, o organismo internacional orienta que, durante surtos, seja estabelecido um manejo correto de casos para evitar a transmissão dentro de serviços de saúde, com um fluxo adequado de pacientes para salas de isolamento (evitando o contato com outros pacientes em salas de espera e/ou locais de internação), assim como a vacinação dos profissionais de saúde.
A OPAS também tem trabalhado diretamente, inclusive em atividades de campo, com vários dos países afetados. No Brasil, por exemplo, o organismo internacional apoiou as ações, nos estados do Amazonas e Roraima, de vacinação, vigilância, gestão, planejamento, educação, comunicação de risco, resposta rápida, compra de insumos, contratação de vacinadores, aluguel de veículos para transporte de equipes de saúde, entre outros, em coordenação com as autoridades de saúde nacionais, estaduais e municipais.
A OPAS também organizou recentemente, junto com o Ministério da Saúde do Brasil, um treinamento de resposta rápida a surtos de sarampo e rubéola para cerca de 70 profissionais das áreas de vigilância epidemiológica, imunização e laboratório dos 27 estados brasileiros.
Além disso, ambas as instituições organizaram com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) três simulados – no Amazonas, Paraná e Ceará – para aperfeiçoar as ações locais de resposta diante de situações de emergência de saúde pública.