Para de fumar não é fácil, mas, uma vez tomada a decisão, o mais complicado é lidar com os sintomas de abstinência. Estes sintomas variam de pessoa para pessoa e estão diretamente relacionados ao nível de dependência. Pode não parecer fácil, não é, mas é possível lidar e superar isso.

Dor de cabeça, irritabilidade, dificuldade de concentração, ansiedade e alteração do sono são alguns dos sintomas da abstinência do cigarro. Esse conjunto de reações desconfortáveis, que podem incluir o aumento do apetite, tristeza e até depressão, é chamado de síndrome de abstinência da nicotina. O importante é ter em mente que são reações passageiras e tendem a desaparecer em algumas semanas – no máximo um mês.

Com o entendimento de que o fumante é um dependente químico da nicotina, que é uma droga que atua no cérebro estimulando de forma desordenada a liberação de substâncias responsáveis pela sensação de bem-estar e prazer, é possível compreender que ao parar de fumar haverá uma menor concentração dessas substâncias no organismo e essa mudança provocará a síndrome de abstinência.

Segundo especialistas, a primeira semana pode ser a mais difícil. Isso significa que o corpo está se adequando a uma nova forma de funcionar. Por mais desconfortável que seja, a síndrome de abstinência da nicotina é um sinal de que o organismo está voltando a funcionar normalmente. Dor de cabeça, tonteira e tosse são sinais do restabelecimento do organismo. Já o sintoma mais intenso e mais difícil de se lidar, a chamada “fissura" (grande vontade de fumar), tende a ficar mais tempo que os outros sintomas, mas cada vez que a fissura surge não dura mais que cinco minutos, e com o tempo vai perdendo a intensidade.

Dicas para lidar com a síndrome de abstinência

Nas primeiras semanas sem fumar os sintomas de abstinência podem ser mais drásticos. Por isso, para sofrer menos com as reações físicas e psicológicas (que existem, mas são passageiras), confira quatro dicas:

Não ter cigarro em casa

A fissura, que é a vontade enorme de fumar, dura apenas cinco minutos e passa. Ela pode voltar, mas passa. Então, se a pessoa não tem cigarro por perto, as chances de ela fumar são menores.

Evite álcool e café

Beber e fumar têm uma associação muito grande, por isso, quem quer deixar de fumar precisa evitar o álcool, principalmente nas primeiras semanas. Também recomenda-se evitar café, se o hábito estiver relacionado ao cigarro.

Faça exercícios e se alimente bem

Exercícios respiratórios simples, como puxar o ar para dentro e soltar o ar lentamente e ir relaxando podem ajudar. Também é bom fazer caminhadas, sair de casa quando a tensão e a ansiedade aumentare,, beber bastante água e comer alimentos de baixa caloria, porque o ganho de peso acaba sendo motivo para voltar a fumar.

Mascar cravos e pensar nos benefícios

Muitas pessoas relatam que mascar cravo ou coloca-lo na boca tira a vontade de fumar. Outra sugestão para ficar sem fumar está ligada ao pensamento: quando pensar em voltar a fumar lembre-se dos benefícios da mudança a curto prazo (melhora do paladar, do olfato, da pele e da função respiratória) e a longo prazo (diminui as chances de ter doenças respiratória, pulmonares, câncer e também infarto agudo do miocárdio).