07 de novembro de 2018
Prevenção ao Câncer de Boca começa pelo dentista
Na primeira semana de novembro é comemorada a Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal. Criada em 2016, a semana tem como objetivo alertar sobre a importância da prevenção deste tipo de câncer. E se o obejtivo é se prevenir, o caminho passa pelo consultório do dentista.
Este é um tumor silencioso, com sintomas sutis e a melhor forma de prevenção começa pelas visitas regulares ao dentista. Mas, claro, há alguns sinais visíveis que podem ser observados. Ferimentos dentro da boca ou nos lábios que não cicatrizam e avançam com muita velocidade, por exemplo.
Mas os especialistas alertam que o ideal é mesmo visitar o dentista pelo menos de 6 em 6 meses. Isso porque, aparecendo qualquer indício de um tumor maligno ou lesão cancerígena, o profissional pode indicar tratamento o quanto antes.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de boca está entre os dez tumores mais comuns do Brasil. Ele acomete mais os homens acima dos 40 anos. Os fatores de risco mais conhecidos para este tipo de câncer são tabagismo, alcoolismo, HPV e radiação solar.
As pessoas mais suscetíveis a esse tipo de câncer são os adultos com mais de 40 anos que fumam e bebem – normalmente os dois ao mesmo tempo numa frequência muito alta. Além disso, são pessoas que dificilmente fazem visitas odontológicas e costumam chegar ao médico já em um estágio bastante avançado da doença.
Prevenção
Abstenção de fumo e bebidas alcoólicas, dieta rica em alimentos saudáveis, boa higiene oral, e outras atitudes como estas, diminuem as chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores na boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que a prevenção pode ajudar a reduzir a incidência de câncer em até 25% até 2025.
Sintomas
Os principais sinais que devem ser observados são:
- Lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias
- Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, palato (céu da boca), mucosa jugal (bochecha)
- Nódulos (caroços) no pescoço
- Rouquidão persistente
Nos casos mais avançados observam-se os seguintes sintomas:
- Dificuldade de mastigação e de engolir
- Dificuldade na fala
- Sensação de que há algo preso na garganta
Tratamento
Se diagnosticado no início e tratado da maneira adequada, a maioria dos casos desse tipo de câncer (80% deles) tem cura. Geralmente, o tratamento envolve cirurgia oncológica e/ou radioterapia. A avaliação médica, conforme cada caso, vai decidir qual melhor forma de tratamento.
Os dois métodos podem ser usados de forma isolada ou associada. As duas técnicas têm bons resultados nas lesões iniciais e a indicação vai depender da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas pelo tratamento. As lesões iniciais são aquelas restritas ao local de origem.