Em 14 de novembro é comemorado o Dia Mundial do Diabetes em memória ao aniversário de Frederick Banting que juntamente com Charles Best descobriram a insulina no ano de 1923. Atualmente, o dia é comemorado em mais de 160 países. O Círculo Azul é o símbolo utilizado para a campanha que chama atenção para o diabetes e representa a união de toda a comunidade diabética global.

A data foi definida em 1991, pela Federação Internacional de Diabetes (IDF), entidade vinculada à Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2007, a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) considerou o diabetes um problema de saúde pública e conclamou os países a divulgarem esse dia como forma de alerta e orientando os governos a definirem políticas e suporte adequados para os portadores da doença.

Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS, 2013), a prevalência do diabetes na população do Estado do Rio de Janeiro é estimada em 6,4%. Quanto ao sexo, as prevalências entre as mulheres são maiores do que entre os homens, sendo 7,6 % e 5,0% respectivamente. Os valores maiores entre as mulheres também é confirmado pelos dados da pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por inquérito Telefônico (Vigitel, 2016), do Ministério da Saúde. O Rio é a capital brasileira com maior prevalência do diagnostico médico de diabetes entre as mulheres, com estimativa de 12 %, e de 8,4% entre os homens.

Na figura a seguir, pode-se observar a taxa de mortalidade por diabetes nas regiões de saúde do estado do Rio de Janeiro. A taxa representa o risco da pessoa morrer pelo diabetes. Foram destacadas as maiores taxas a partir da faixa etária de 30 a 39 anos. A Região Centro Sul se destacou por apresentar as maiores taxas em três (3) faixas etárias. Ações de prevenção precisam ser planejadas para reduzir as taxas.

Taxa de Mortalidade por Diabetes Mellitus (CID E10-E14), por 100 mil habitantes, segundo Região e Município de residência por faixa etária

É importante ressaltar que o diabetes é uma doença silenciosa e que pode ser grave. A pessoa pode ficar sem apresentar sintomas durante anos e, com isso, não procurar o tratamento adequado. A falta de tratamento faz com que a doença evolua com complicações. Entre elas estão a retinopatia (deterioração dos vasos da retina), a nefropatia (redução da função dos rins) e a neuropatia (danos nos nervos que afeta extremidades como pés, pernas, mãos e braços).

Os pés da pessoa que tem diabetes necessitam de cuidados importantes, como enxugar bem após o banho, não esquecer de secar entre os dedos, massagear os pés com um hidratante e atenção com os calos, pois aparecem com mais frequência e os não-tratados podem transformar-se em feridas abertas. Por esse motivo, não corte os calos sem uma avaliação médica. O diabetes pode prejudicar a circulação, mas o uso de cigarro, pressão arterial sistêmica aumentada e desequilíbrio nos níveis de colesterol podem agravar mais ainda. E a má circulação atrapalha a recuperação das úlceras nos pés.

As ações de Promoção da Saúde são importantes e colaboram para a prevenção do diabetes, pois devem ser permanentes e não focar nos indivíduos e nas famílias de maneira isolada, mas devem levar em consideração os aspectos sociais, econômicos e culturais. Contribuem para que as pessoas possam compreender melhor o processo saúde-doença, com um olhar voltado para o ambiente e as condições de vida, valorizando a promoção da alimentação saudável e da atividade física, a manutenção do peso adequado e redução do consumo de álcool, tabaco e outras drogas, visando a melhora da qualidade de vida da população.

O diabetes pode ser controlado e a qualidade de vida ser mantida. As mudanças no estilo de vida colaboram para esse controle e entre as medidas de prevenção estão a alimentação saudável e a prática de atividade física. Um exame de sangue pode revelar o diabetes e se for confirmado por outros exames uma orientação adequada é fundamental para a manutenção de uma vida saudável.