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10 de dezembro de 2018
Câncer da pele: pintas que mudam de cor, tamanho e formato são alerta

Câncer da pele: pintas que mudam de cor, tamanho e formato são alerta

O Brasil registra cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele a cada ano, o que representa mais de 30% de todos os casos de câncer no país. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que cerca de 6.200 casos de melanoma sejam diagnosticados a cada ano (2.900 em homens e o restante em mulheres). Ainda de acordo com o Inca, a doença provoca aproximadamente 1.500 mortes.

Diante destes números é importante entender o que é o câncer de pele e também saber quais são e como identificar alterações suspeitas. Mas antes é preciso entender melhor que órgão é este, a pele. Sim, a pela é um órgão do corpo humano, o maior de todos, na verdade. São três as camadas que formam a pele:

Epiderme - a mais externa, que vemos a olho nu, tem como objetivo formar uma barreira protetora, dificultando a saída de água e a entrada de agressores, como micróbios. Nessa camada estão os melanócitos, células que produzem a melanina (pigmento que dá cor à pele). É aqui que se formam a maior parte dos cânceres.

Derme - camada intermediária, formada por colágeno e elastina, entre outros componentes que dão tonicidade à pele. A região é cheia de vasos sanguíneos e terminações nervosas, que permitem sensações como frio e calor. Também aqui é que se localizam os folículos de onde nascem os pelos, as glândulas que produzem sebo e suor.

Hipoderme - a última camada, mais interna, é formada principalmente por células de gordura e tem a função de manter a temperatura e acumular energia (calorias).

Apesar de funcionar como barreira protetora, a pele não é impermeável e alguns agentes externos podem ser absorvidos por ela. O principal inimigo é a radiação ultravioleta emitida pelo sol. Idosos e crianças têm a pele mais fina, por isso são mais vulneráveis a esse agressor, que provoca envelhecimento e pode causar mutações no DNA das células.

O câncer é todo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, devido a mutações que, na maioria das vezes, são adquiridas ao longo da vida, durante o processo de multiplicação celular. Apenas cerca de 5% dos casos de câncer de pele podem ser atribuídos a mutações genéticas herdadas dos pais.

Dependendo do tipo de célula afetado, o câncer de pele pode ser dividido em três tipos principais:

Carcinoma basocelular

O mais prevalente dos cânceres de pele surge nas células basais, que ficam na parte mais profunda da epiderme. É mais comum em regiões expostas ao sol, como rosto, orelha, pescoço, couro cabeludo, ombros e costas.

Este tipo de câncer tem como sinais e sintoma lesões que, às vezes, podem se assemelhar a outras doenças, como eczema ou psoríase. Em geral se manifesta como uma mancha avermelhada, brilhante, com uma crosta no meio que pode sangrar com facilidade.

Carcinoma espinocelular

O segundo tipo mais comum ocorre nas células escamosas, as mais comuns na parte superior da pele. Também é mais frequente em áreas mais expostas ao sol e mais prevalente em homens do que em mulheres. Alguns casos ainda podem ser associados a feridas crônicas, uso de drogas para evitar rejeição a transplantes ou agentes químicos.

Este tipo costuma ter coloração avermelhada e se parecem com machucados ou feridas descamativas que não cicatrizam e sangram às vezes. Mas também podem ter aparência similar a de verrugas.

Melanoma

Esse é o tipo menos frequente, mas com pior prognóstico, pois envolve maior risco de metástase. Mesmo assim, a detecção precoce traz grandes chances de cura. Como esse tipo de câncer afeta os melanócitos (que produzem pigmento), a manifestação é sempre uma pinta ou sinal acastanhado ou negro que muda de cor, formato ou de tamanho e pode causar sangramento.

As lesões podem surgir em áreas menos visíveis, porém são mais comuns nas pernas, no tronco, pescoço e cabeça. Nos estágios iniciais, afeta apenas a camada mais superficial da pele, mas pode avançar para as mais profundas e alcançar outros órgãos, causando nódulos, inchaço nos gânglios linfáticos ou outros sintomas específicos na região afetada.

Outros tumores

Existem alguns tipos de câncer de pele não melanoma menos frequentes, como o sarcoma de Kaposi, o linfoma de pele e outros, mas eles representam menos de 1% de todos os casos.

Prevenção

Evitar a exposição excessiva ao sol é a principal forma de evitar o câncer de pele, especialmente para as pessoas com pele clara. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) recomenda o uso de chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares para promover uma barreira física contra o sol. É importante, também, evitar a exposição solar entre 10h e 16h e usar filtros solares diariamente, e não apenas na praia ou piscina.

Mas quando estiver nestes locais, fique embaixo de barracas ou guarda-sóis de algodão ou lona, mas lembre-se que eles absorvem apenas 50% da radiação ultravioleta, por isso a proteção deve ser reforçada por roupas e protetor solar. As barracas de nylon praticamente não protegem contra os raios UV.

Além disso, consulte um dermatologista ao menos uma vez ao ano para fazer um exame completo da pele e tenha o hábito de observar a própria pele e fazer o autoexame em busca de pintas ou manchas suspeitas.

Para fazer o autoexame, fique em frente a um espelho, com os braços levantados, examine seu corpo de frente, de costas e dos lados direito e esquerdo. Dobre os cotovelos e observe cuidadosamente as mãos, antebraços, braços e axilas. Examine as partes da frente, de trás e dos lados das pernas, além da região genital.

Sentado, examine atentamente a planta e o peito dos pés, assim como os espaços entre os dedos. Com o auxílio de um espelho de mão e de uma escova ou secador, examine o couro cabeludo, pescoço e orelhas. Também com o auxílio do espelho de mão, examine as costas e as nádegas. Ao perceber qualquer alteração na pele, consulte um médico.

Muitas lesões cancerosas podem se assemelhar a pintas, manchas ou machucados, por isso de maneira geral é importante procurar um dermatologista toda vez que você perceber alguma alteração na pele. Entre estas alterações estão manchas que coçam, ardem, escamam ou sangram; sinais ou pintas que mudam de tamanho, forma ou cor; feridas que não cicatrizam em 4 semanas, e mudança na textura da pele ou dor.

Como escolher o melhor protetor solar e aplicar o produto

Opte por produtos que oferecem proteção contra radiação UVA e UVB e que tenham FPS (fator de proteção solar) de no mínimo 30, especialmente se você tem pele clara. Se tiver dúvidas, consulte o dermatologista sobre o produto mais indicado para seu tipo de pele.

O protetor deve ser usado em abundância – o equivalente a uma colher de chá rasa para o rosto e três colheres de sopa para o corpo — e espalhado de maneira uniforme. A primeira aplicação deve ser feita 15 minutos antes de se expor ao sol. Reaplique a cada duas horas ou após entrar na água.

Secretaria de saúde
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