30 de novembro de 2018
75% das pessoas com HIV no mundo conhecem seu estado sorológico
Segundo o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids), 75% das pessoas vivendo com HIV no mundo já conhecem seu estado sorológico. Índice calculado para 2017 representa avanço — em 2015, a proporção era de apenas 67%. Em novo relatório, o organismo também estima que no ano passado, 21,7 milhões de indivíduos infectados com o vírus — 59% do total — tiveram acesso à terapia antirretroviral. Número representa 4,5 milhões a mais do que em 2015.
Segundo a pesquisa do UNAIDS Conhecimento é Poder, em 2017, em torno de 37 milhões de pessoas em todo o mundo viviam com HIV (com margem de erro de 31,1 milhões a 43,9 milhões). No mesmo ano, foram registradas aproximadamente 2 milhões de novas infecções por HIV (com margem de erro de 1,4 milhão a 2,4 milhões). Apesar das conquistas, a instituição da ONU aponta que 9,4 milhões de pessoas com HIV não sabem que têm o vírus. Na avaliação da agência, essa população precisa urgentemente estar vinculada a serviços de testagem e tratamento.
De acordo com o relatório, o número de pessoas soropositivas com carga viral suprimida aumentou cerca de 10% nos últimos três anos, chegando a 47% em 2017. Mas 19,4 milhões de pessoas com HIV ainda não alcançaram a supressão da carga viral. Para se manter saudável e prevenir a transmissão, o vírus precisa ser suprimido para níveis indetectáveis ou muito baixos por meio da terapia antirretroviral continuada. A fim de monitorar a presença do HIV no corpo de forma eficaz, é necessário ter acesso ao teste de carga viral a cada 12 meses.
A pesquisa do organismo da ONU mostra que estigma e discriminação são as maiores barreiras ao teste do HIV. Estudos entre mulheres, homens, jovens e populações-chave revelaram que o medo de ser visto em serviços de HIV acabava impedindo a utilização desse nicho do sistema de saúde. Outra preocupação era de que informações pessoais fossem compartilhadas com familiares, amigos, parceiros sexuais ou a comunidade em geral.
Acesse o relatório do UNAIDS na íntegra clicando aqui (em inglês).