08 de janeiro de 2019
Formol: pesquisa revela uso irregular
Como reduzir o uso irregular de formol em salões de beleza? Para ajudar a responder a esta pergunta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) realizou um levantamento inédito com as Vigilâncias Sanitárias de estados e municípios sobre o uso deste produto como alisante capilar. Para isso, a Anvisa solicitou que os fiscais sanitários respondessem a um questionário com perguntas que revelam a experiência deles com cosméticos.
Dos fiscais que participaram da pesquisa, 35% relatam ter encontrado o uso irregular de formol em alisantes. O levantamento revela que 61,6% dos fiscais suspeitam que os produtos utilizados para alisar os fios contenham um teor de formol superior ao permitido pela Anvisa na sua fórmula.
Os formulários encaminhados pelos fiscais sanitários mostram também que, para 22,4% dos que perceberam irregularidades, a adição ou manipulação pode ter sido feita pelo profissional cabeleireiro. Já para 15,9% desses fiscais, as duas situações ocorrem: tanto o produto é fabricado com um teor de formol acima do permitido, como o produto é adicionado ao cosmético.
Atualmente, a legislação estabelece um limite máximo de 0,2% da substância na composição de cosméticos, inclusive alisantes. Neste percentual, o formol apenas conserva a fórmula, não tendo potencial para alisar os cabelos. O produto também é permitido para endurecedores de unhas, na concentração de 5%.
Riscos à saúde
Em contato com a pele, o formol pode causar irritação, queimadura, descamação e até queda de cabelo, entre outros danos. Se for inalado, pode provocar ardência nas vias respiratórias, coriza, falta de ar, tosse e dor de cabeça. Além disso, instituições internacionais reconhecem o efeito cancerígeno do produto.