24 de janeiro de 2019
Doze países das Américas notificam mais de 17 mil casos confirmados de sarampo
Desde o ano passado, 12 países das Américas notificaram 17.361 casos confirmados de sarampo. Os dados são das mais recentes atualizações epidemiológicas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS). Alguns países não notificaram casos nas primeiras semanas deste ano e outros ainda não registraram as informações. O Brasil registrou 10.274 casos, incluindo 12 mortes, até janeiro de 2019.
Para controlar a propagação dessa doença nas Américas, a OPAS recomenda aos países que mantenham a cobertura vacinal da população-alvo em ao menos 95% (com duas doses da vacina) e fortaleçam a vigilância epidemiológica, a fim de aumentar a imunidade da população e detectar/responder rapidamente a casos suspeitos de sarampo.
Mundo
O sarampo é uma doença grave e altamente contagiosa causada por um vírus. Pode ser prevenida por uma vacina segura e eficaz, cujas doses devem ser administradas conforme o calendário nacional de vacinação de cada país.
No entanto, a cobertura global com a primeira dose da vacina contra o sarampo parou em 85%, número menor do que os 95% necessários para evitar surtos. Isso deixa muitas pessoas, em diversas comunidades, suscetíveis ao sarampo. A cobertura com a segunda dose é ainda menor: 67%. Devido a essas lacunas na cobertura de vacinação, surtos de sarampo ocorreram em todas as seis Regiões da OMS, com uma estimativa de 110 mil mortes relacionadas à doença no mundo.
Vacinação no Brasil
No Brasil, o esquema vacinal funciona da seguinte forma: crianças de 12 meses a menores de cinco anos de idade recebem uma dose da vacina aos 12 meses (tríplice viral) e outra aos 15 meses de idade (tetra viral) – em casos de surtos, recomenda-se a aplicação de uma terceira dose. Já pessoas de cinco anos a 29 anos de idade que perderam a oportunidade de serem vacinadas anteriormente recebem duas doses da vacina tríplice viral. Adultos de 30 a 49 anos recebem uma dose da vacina tríplice viral. Quem comprovar a vacinação contra o sarampo conforme preconizado para sua faixa etária, não precisa receber a vacina novamente.
Sarampo
O vírus do sarampo é espalhado por tosse e espirros, contato pessoal próximo ou contato direto com secreções nasais ou da garganta. Entre os sintomas estão erupção cutânea (vermelhidão na pele), febre, nariz escorrendo, olhos vermelhos e tosse. Dentre as complicações mais graves estão cegueira, encefalite (infecção acompanhada de edema cerebral), diarreia grave (que pode provocar desidratação), infecções no ouvido ou infecções respiratórias graves, como pneumonia. Pessoas com sinais de sarampo devem ser levadas para um centro de saúde imediatamente.