29 de janeiro de 2019
Dia Nacional da Visibilidade Trans: uma causa de saúde pública
A data 29 de janeiro, Dia Nacional da Visibilidade Trans, foi escolhida em 2004 para promover a visibilidade das causas de travestis e transsexuais, que vêm lutando há décadas por suas demandas historicamente reprimidas.
Por conta do preconceito, as pessoas travestis e transsexuais são excluídas do mercado do trabalho, o que corrobora com a prostituição e a informalidade, sendo as únicas alternativas de sobrevivência, e contribuindo diretamente para um quadro de vulnerabilidade social. Além da exposição de risco à infecções, travestis e transexuais também estão expostos à violência.
Outra informação preocupante é que a estimativa de vida de uma pessoa transsexual no Brasil é de 35 anos de vida, enquanto a da população em geral brasileira é de 70 anos.
O Sistema Único de Saúde realiza, desde 2008, cirurgias de redesignação sexual, além de outros procedimentos cirúrgicos. O acolhimento a transsexuais e travestis vem crescendo ao longo dos anos: entre 2015 e 2016, foi registrado um aumento de 32% nos atendimentos ambulatoriais.
O processo de transsexualização envolve uma série de procedimentos de saúde, que vão desde suporte psicológico, terapia hormonal até a cirurgia em si, se o paciente desejar. Para isso, a assistência à saúde exige acompanhamento com uma equipe multidisciplinar por dois anos e idade mínima de 18 anos.