29 de janeiro de 2019
Dia da não violência
A violência está presente em todas as classes sociais, etnias e localidades, destruindo as comunidades, provocando mortes e inúmeros prejuízos para a humanidade. Desde 1948 a Organização das Nações Unidas (ONU) celebra a data de 30 de janeiro, como o Dia Internacional da Não Violência, devido ao assassinato do líder pacifista Mohandas Karamchand Gandhi, um dos principais representantes na luta pelo pacifismo pelo respeito aos direitos humanos e da justiça. O objetivo é cultivar a educação para a paz, a solidariedade e o respeito pelos direitos humanos. A luta de Gandhi tinha como base quatro principais pensamentos: o amor, a verdade, a não-violência e a cooperação com os mais oprimidos.
As reivindicações propostas pelo movimento de pacificação tinham como filosofia a educação pela paz, o combate da violência com amor, seja por meio de diálogos, petições, manifestações públicas, marchas e etc. A concepção é conscientizar a população com diversidades de opiniões, pensamentos sobre a possibilidade da resolução de questões e embates com a não violência, seguindo um caminho de paz e respeito.
Em 2017, dos 92 municípios do estado do Rio de Janeiro, 80 notificaram a violência interpessoal/autoprovocada, ou seja, a violência que envolve agressão física, psico/moral, negligência ou abandono, sexual ou tentativa de suicídio entre outras (sem incluir a violência urbana), esteve presente em aproximadamente 93% do estado. Contudo, 12 municípios não realizaram nenhuma notificação de violência, e por isso são considerados silenciosos. Essa não notificação inviabiliza o fornecimento de dados aos órgãos competentes e impede que os mesmos possam tomar medidas de promoção, proteção e controle desse agravo, uma vez que a função da notificação é ser um instrumento que impulsionador de políticas públicas no tocante ao enfrentamento das violências.
Diante desta realidade, a Equipe Técnica de Prevenção e Notificação de Violências da SES/RJ tem como proposta desenvolver as seguintes ações: assessorar os municípios e unidades de saúde sobre a gestão estadual no tocante a sensibilização dos profissionais de saúde para a importância do preenchimento da Ficha de notificação do SINAN e qualifica-los para o preenchimento da mesma; Estabelecer um fluxo padronizado para assistência às pessoas em situação de violência e encaminhamento da ficha de notificação, em conjunto com os profissionais de cada unidade envolvidos no atendimento; Colocar em prática a classificação de risco para os atendimentos às pessoas em situação de violência naquelas unidades que ainda não o façam; Elaborar e confeccionar material educativo para orientação das pessoas em situação de violência e Divulgar os serviços de referência e proteção às pessoas em situação de violência para todos os profissionais da rede.
Assim sendo, a Equipe Técnica de Prevenção e Notificação de Violências fortalece a ideia de que a “não violência” é uma atitude transformadora da realidade em que vivemos cuja característica fundamental é o repúdio a todas as formas de violência.
Para tanto, deve ser exercida por meio da Cultura de Paz que implica o respeito ao próximo, a mediação de conflitos e harmonia das diferenças no enfrentamento pacífico das adversidades cotidianas.