19 de fevereiro de 2019
Volta às aulas é oportunidade para reforçar a vacinação contra o HPV
As aulas recomeçaram e entre a adaptação á nova rotina, que tal pensar na atualização da caderneta de vacinação? Isso vale para as crianças, mas também é muito importante para os adolescentes. Afinal, as vacinas evitam doenças como sarampo, febre amarela, caxumba, rubéola e HPV. A vacina do HPV, doença transmitida pelo papiloma, vírus humano que causa cânceres e verrugas genitais, atingindo meninos e meninas, só é administrada na adolescência.
De acordo com dados do Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC) vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2018, foram diagnosticados quase 570 mil novos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. No Brasil, o câncer de colo de útero é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer, segundo, o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Foram 16,3 mil novos casos no ano passado e 5,7 mil mortes. No mundo, mais de 300 mil mulheres morrem a cada ano vítimas da doença.
Diante destes dados, o CIIC O Centro Internacional de Pesquisas sobre o Câncer (CIIC) vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), reforçou, esta semana, que a vacina contra o HPV é segura e indispensável para eliminar o câncer de colo do útero. Tanto a vacina contra o HPV quanto as demais previstas na caderneta de vacinação estão disponíveis gratuitamente nas salas de vacinação, localizadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país.
Vacinação de rotina
Desde 2014, o Ministério da Saúde disponibiliza a vacina contra o HPV no Sistema Único de Saúde (SUS) com o objetivo de evitar a expansão do vírus no país. A rotina de uso desta vacina no público-alvo, que é meninas com idade entre 9 e 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, deve ser mantida com duas doses, sendo aplicada com intervalo de seis meses entre elas.
Também fazem parte do grupo de pessoas que devem receber a vacina, aquelas que vivem com o Vírus da Imunodeficiência Humana/Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/Aids), transplantados de órgãos sólidos, de medula óssea e pacientes oncológicos de nove a 26 anos de idade.
A infecção é transmitida sexualmente ou por contato pele a pele. Praticamente todas as pessoas com vida sexual ativa poderão ter contato com o vírus HPV ao longo da vida. Além do câncer do colo do útero, já citado anteriormente, mais de 90% dos casos de câncer anal e 63% dos cânceres de pênis são atribuíveis à infecção pelo HPV, principalmente pelo subtipo 16.
Fonte: Ministério da Saúde