19 de fevereiro de 2019
Wolbachia inibe transmissão do vírus da febre amarela
A presença da bactéria Wolbachia em Aedes aegypti tem a capacidade de reduzir a transmissão do vírus da febre amarela nesta espécie de mosquito. A descoberta é o tema de um artigo Pluripotency of Wolbachia against Arbovirus: the case of yellow fever, publicado pela Gates Open Research.
A pesquisa que resultou no artigo foi supervisionada pelo pesquisador da Fiocruz e líder do World Mosquito Program (WMP) no Brasil, Luciano Moreira. O artigo é resultado do trabalho conjunto de pesquisadores de três instituições: Instituto René Rachou (IRR/Fiocruz Minas), Fundação Ezequiel Dias (Funed) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Clique aqui para acessar.
A transmissão urbana da doença por Aedes aegypti não é relatada no Brasil desde 1942. Entretanto, pesquisadores apontam que o risco de reurbanização da febre amarela existe, uma vez que o Aedes aegypti está presente na maioria das cidades de clima tropical e subtropical do mundo e foi o principal vetor no passado. Entre os anos de 2016 e 2018 o Brasil enfrentou alguns surtos de febre amarela, arbovirose transmitida pelos mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes. Houve mortalidade de até 30%. Atualmente, além da febre amarela, o Método Wolbachia é eficiente na prevenção da transmissão das seguintes arboviroses: dengue, zika, chikungunya e febre mayaro.
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Fonte: Agência Fiocruz de Notícias