22 de abril de 2019
Dia Mundial de Combate à Meningite: saiba mais sobre a doença
Alertar. Este é o objetivo do Dia Mundial de Combate à Meningite, celebrado em 24 de abril. Então, nada melhor do que aproveitar a data para informar sobre a doença, os sintomas, o diagnóstico, o tratamento e a prevenção.
A meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por diversos agentes infecciosos, ou também por processos não infecciosos como, por exemplo, medicamentos e neoplasias.
Entre os agentes infecciosos, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública e clinico, devido a sua magnitude, capacidade de causar surtos e, no caso da meningite bacteriana, a gravidade.
No Brasil, a meningite é considerada uma doença endêmica, deste modo, casos da doença são esperados ao longo de todo o ano, com a ocorrência de surtos e epidemias ocasionais. A ocorrência das meningites bacterianas é mais comum no outono-inverno, e das virais na primavera-verão.
A meningite é uma síndrome na qual, em geral, o quadro clínico é grave, por isso no momento em que achar que você ou alguém pode estar com sintomas de meningite deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. Um médico pode determinar se você tem a doença, o tipo de meningite e o melhor tratamento.
Como dissemos acima, as meningites bacterianas e virais são as mais importantes do ponto de vista da saúde pública e clinico. Então, vale detalhar os sintomas específicos destes dois casos.
Sintomas da meningite bacteriana
Os sintomas da meningite incluem início súbito de febre, dor de cabeça e rigidez do pescoço. Muitas vezes há outros sintomas, como:
- Mal estar
- Náusea
- Vômito
- Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz)
- Status mental alterado (confusão)
Com o passar do tempo, alguns sintomas mais graves de meningite bacteriana podem aparecer, como: convulsões, delírio, tremores e coma.
Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letargico ou irresponsivo a estimulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou reflexos anormais.
Na septicemia meningocócica (também conhecida como meningococemia) que é uma uma infecção na corrente sanguínea causada pela bactéria Neisseria meningitidis, além dos sintomas descritos acima, podem aparecer outros como:
- Fadiga
- Mãos e pés frios
- Calafrios
- Dores severas ou dores nos músculos, articulações, peito ou abdomen (barriga)
- Respiração rápida
- Diarréia
- Manchas vermelhas pelo corpo
Sintomas da Meningite viral
Os sintomas iniciais da meningite viral são semelhantes aos da meningite bacteriana. No entanto, a meningite bacteriana é geralmente mais grave.
- Febre
- Dor de cabeça
- Rigidez no pescoço
- Náusea
- Vômito
- Falta de apetite
- Irritabilidade
- Sonolência ou dificuldade para acordar do sono
- Letargia (falta de energia)
- Fotofobia (aumento da sensibilidade à luz)
Em recém-nascidos e bebês, alguns dos sintomas descritos acima podem estar ausentes ou difíceis de serem percebidos. O bebê pode ficar irritado, vomitar, alimentar-se mal ou parecer letárgico (falta de energia) ou irresponsivo a estimulos. Também podem apresentar a fontanela (moleira) protuberante ou reflexos anormais.
Transmissão
Assim como em relação os sintomas, há diferenças quanto a transmissão da meningite viral e da bacteriana. Na meningite bacteriana, geralmente, a transmissão é de pessoa a pessoa, por meio das vias respiratórias, por gotículas e secreções das vias aéreas superiores (do nariz e da garganta). Já na meningite viral a transmissão fecal-oral é de grande importância, especialmente nas infecções por enterovírus.
Tratamento
Devido à gravidade do quadro clínico, os casos suspeitos de meningite sempre são internados nos hospitais, por isso, ao se suspeitar de um caso, é urgente a procura por um pronto-socorro hospitalar para avaliação médica.
Para tratamento das meningites bacterianas, faz-se uso de antibioticoterapia em ambiente hospitalar, com drogas de escolha e dosagens terapêuticas prescritas pelos médicos assistentes do caso;
Para as meningites virais, na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos antivirais. Em geral as pessoas são internadas e monitoradas quanto a sinais de maior gravidade, e se recuperam espontaneamente. Porém alguns vírus como herpesvírus e influenza podem vir a provocar meningite com necessidade de uso de antiviral específico. A devida conduta sempre é determinada pela equipe médica que acompanha o caso.
Prevenção
As vacinas estão disponíveis para prevenção das principais causas de meningite bacteriana. As vacinas disponíveis no calendário de vacinação da criança do Programa Nacional de Imunização são:
- Vacina meningocócica conjugada sorogrupo C: protege contra a Doença Meningocócica causada pelo sorogrupo C;
- Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo meningite.
- Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo b, como meningite, e também contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.
- BCG: protege contra as formas graves da tuberculose.
Já a quimioprofilaxia medicamentosa está indicada para contatos de casos de Doença Meningocócica e meningite por Haemophilus influenzae. A equipe médica que acompanha o caso, junto com a vigilância epidemiológica local são os responsáveis pelas orientações e aplicação da quimioprofilaxia medicamentosa nos contatos. Outras formas de prevenção incluem: evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados e limpos
Fonte: Ministério da Saúde