07 de junho de 2019
No Brasil, países das Américas definem passos para o enfrentamento da obesidade infantil
Países das Américas reunidos em Brasília para o II Encontro Regional sobre Ações de Prevenção da Obesidade Infantil no âmbito da Década de Ação das Nações Unidas para Nutrição definiram nesta terça-feira (4) os próximos passos a serem dados na região para o enfrentamento da epidemia de sobrepeso e obesidade infantil.
O evento, realizado em parceria entre a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) e o Ministério da Saúde do Brasil, contou com a participação de representantes dos governos da Argentina, Belize, Bolívia, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Risca, Equador, Granada, México, Panamá, Peru e Uruguai, bem como de membros da academia e da sociedade civil.
Os países presentes no encontro reiteraram a importância do Plano de Ação da OPAS para a Prevenção da Obesidade em Crianças e Adolescentes 2014-2019 no avanço da agenda e indicaram que uma extensão do mesmo favoreceria a implementação de ações que requerem mais tempo para serem concretizadas.
O Plano apresenta cinco linhas de ações estratégicas para ajudar os países da região a enfrentar a crescente epidemia de sobrepeso e obesidade na região, entre elas a atenção primária à saúde e a promoção do aleitamento materno e alimentação saudável, a melhoria de ambientes de nutrição e de atividade física escolar, as políticas fiscais e regulamentação do marketing e da rotulagem de alimentos, entre outras ações multissetoriais.
Epidemia de sobrepeso e obesidade infantil
O número de crianças e adolescentes (5-19 anos) obesos em todo o mundo aumentou dez vezes nas últimas quatro décadas. Segundo estudo liderado pelo Imperial College London e pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2017, se as tendências atuais continuarem, haverá mais crianças e adolescentes com obesidade do que com desnutrição moderada e grave até 2022.
As taxas de obesidade em crianças e adolescentes em todo o mundo aumentaram de menos de 1% (equivalente a cinco milhões de meninas e seis milhões de meninos) em 1975 para quase 6% em meninas (50 milhões) e quase 8% em meninos (74 milhões) em 2016. Combinado, o número de obesos com idade entre cinco e 19 anos cresceu mais de dez vezes, de 11 milhões em 1975 para 124 milhões em 2016. Outros 213 milhões estavam com sobrepeso em 2016, mas o número caiu abaixo do limiar para a obesidade.
Fonte: OPAS