19 de junho de 2019
Estudo indica opção para prevenir tuberculose em pessoas com HIV
A tuberculose é a principal causa de morte entre as pessoas infectadas pelo HIV. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017 foram registrados 10 milhões de novos casos da doença no mundo e 300 mil mortes apenas entre pessoas vivendo com HIV/Aids (PVHA).
Neste cenário, duas medidas para redução do risco de tuberculose ativa nesta população são de extrema importância: início imediato de Terapia Antirretroviral Combinada (TARc) e Tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) – condição em que o indivíduo possui a infecção por tuberculose sem qualquer indicio de doença ativa.
Um tratamento de ILTB de um mês de duração oferece uma alternativa ao preconizado pela OMS – Isoniazida (INH) por seis a nove meses – com potencial para revolucionar a estratégia de prevenção da coinfecção tuberculose/HIV.
O estudo, cujos resultados foram publicados recentemente na The New England Journal of Medicine (NEJM), tem como um de seus coautores Rodrigo Escada, pesquisador do Laboratório de Pesquisa Clínica em DST e Aids, no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).
Os participantes do estudo foram distribuídos de forma aleatória para receberem Rifapentina e INH por quatro semanas ou INH por nove meses e foram monitorados posteriormente ao longo de três anos e três meses, em média. Os pacientes do grupo que usaram o tratamento de curta duração apresentaram menos eventos adversos e uma adesão significativamente maior, de 97% contra 90% no grupo que recebeu INH por 9 meses.
Para Escada, um dos maiores méritos da pesquisa foi demonstrar que a nova estratégia é tão eficiente quanto o tratamento recomendado atualmente pela OMS. Para saber mais sobre o estudo acesse aqui a página da Agência Fiocruz de Notícias.
Fonte: Agência Fiocruz de Notícias