A sua função é distribuir para todo o corpo do indivíduo os nutrientes e o oxigênio absorvido pelos pulmões. Sua atividade elétrica faz com que um adulto saudável apresente uma frequência cardíaca em média de 70 batimentos por minuto.

Visando manter em dia a saúde do coração, a Federação Mundial do Coração (WHF – World Heart Federation) criou em 29 de setembro de 2000, o “Dia Mundial do Coração” para que as pessoas se conscientizem da importância da prevenção e do diagnóstico precoce das doenças cardiovasculares.
A adoção de hábitos saudáveis como a redução do sal, açúcar e gordura na alimentação associado ao aumento do consumo de frutas e hortaliças; manutenção da prática regular de atividade física e do peso adequado; controle da pressão arterial e da glicemia; cessação do tabagismo e a eliminação do uso nocivo do álcool são considerados fatores de proteção para desenvolvimento e redução de riscos cardiovasculares.
Os fatores de proteção colaboram para a prevenção de doenças cardiovasculares como ataque cardíaco e acidente cardiovascular cerebral (AVC) ou derrame, causadores de incapacitações e óbitos (ilustração abaixo), e também para o grupo das doenças relacionadas aos vasos sanguíneos, como trombose venosa profunda e embolia pulmonar.

Fonte: Sistema de Informação sobre Mortalidade - SIM/SVS/SES - coleta em 20/09/2019

Pesquisa realizada em 2018 pelo Ministério da Saúde sobre a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas Não Transmissíveis por Inquérito Telefônico (VIGITEL) apontou, conforme o gráfico abaixo, a prevalência dos fatores de risco para as doenças cardiovasculares, sendo possível perceber que o Excesso de Peso que é um dos responsáveis pelo desenvolvimento de doenças cardiovasculares e metabólicas, como o diabetes representa expressividade no valor com uma prevalência estimada de 57,7% em pessoas com 18 anos e mais de idade.

Fonte: VIGITEL, 2018

Os efeitos desses fatores de risco podem aparecer nos indivíduos por meio de elevados valores de: pressão arterial, glicemia, lipídios (gordura no sangue: colesterol e triglicérides) e índice de massa corporal (IMC).
No estado do Rio de Janeiro, em 2017, 16.270 pessoas em idade prematura (30 a 69 anos) faleceram por doenças do aparelho circulatório o que representou aproximadamente 45 mortes evitáveis por dia. Com relação à Hipertensão Arterial e complicações cardíacas e renais foram 2.269 mortes, no mesmo ano, com uma média de seis (6) mortes ao dia.
É importante destacar que todos os fatores de risco mencionados acima são possíveis de intervenção, podendo ser modificados para fatores de proteção. Ainda segundo o VIGITEL (2018) 34,8% dos residentes na capital do Rio de Janeiro, relataram a realização de atividade física no tempo livre, com relação à alimentação, 22,2% relataram o consumo recomendado de frutas e hortaliças (5 ou mais porções diárias).
A avaliação dos fatores de risco e de seus exames complementares podem ser realizados nas Unidades de Saúde ou na Estratégia Saúde da Família de sua referência. Determinadas alterações sugerem a possibilidade do desenvolvimento das doenças do coração e suas complicações. Além disso, nas unidades de saúde existem programas de incentivo à cessação do tabagismo, à adoção de alimentação saudável e promoção da atividade física.