21 de janeiro de 2014
Exposição: a dengue a partir de universo multimídia e lúdico
A exposição Dengue, aberta no dia 17 de janeiro, no Museu da Vida da Fiocruz, reúne informações básicas sobre a doença em universo multimídia, interativo, divertido e ilustrado, incluindo observação com uso de microscópio, oficina com mediadores, informações sobre a virose em tempo real e até um aspirador de mosquito, usado pela Vigilância Epidemiológica da Fundação. Outra atração é um mosquito fossilizado em âmbar de cerca de 30 milhões de anos.
Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que 40% dos habitantes do planeta, ou 2,8 bilhões de pessoas, estão ameaçados pela dengue. Ásia, Oceania, Américas e também a África são continentes que sofrem com epidemias de dengue. Para Miguel de Oliveira, biólogo e curador da mostra, é importante a "conscientização do público de que a doença mata, mas pode ser evitada com o controle do mosquito", disse à Agência Fiocruz de Notícias.
Miguel de Oliveira chama atenção para o ineditismo da mostra: "Atualmente, não há uma exposição sobre a dengue no mundo". A exposição começa com um enorme mosquito (Aedes aegypti), de mais de 2 metros esculpido por Ricardo Fernandes, que recepciona o visitante na entrada da sala de exposição. O primeiro módulo apresenta a biologia dos vetores, o que é e quais os outros mosquitos que podem transmitir a doença, caso do Aedes albopictus, de acordo com o biólogo, mais comum na Ásia. No segundo, o público conhece o vírus, como se multiplica no inseto e no ser humano.
O próximo módulo é dedicado à doença, seus principais sintomas e suas complicações. As pesquisas aparecem no quarto módulo, destacando-se as experiências com uso de mosquitos transgênicos e também com a bactéria Wolbachia (presente em várias espécies de insetos) para conter o vetor. Na parte final, a mostra enfatiza o controle do mosquito. São abordadas, entre outras, as medidas para evitar sua proliferação, como a campanha estadual 10 Minutos Contra a Dengue – resultado da parceria entre Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ).
Outra atividade importante no módulo final da mostra é o Quintal Interativo, que permite ao visitante observar os ovos e a pupa do mosquito, usando lupas e microscópios. A brincadeira que ajuda a aprender sobre a dengue continua com a pescaria (da larva e da pupa), o Jogo dos Balões, em que o público é estimulado a descobrir os possíveis criadouros do Aedes aegypti. A criançada pode participar de uma oficina para montar o vírus da dengue em papel e levá-lo para casa, manipular um modelo de mosquito (de cerca de 30cm), tocar e observar o interior do inseto.
Uma área especial com capacidade para até 15 pessoas é dedicada à exibição de vídeos. Dois documentários já produzidos e dirigidos por Genilton José Vieira, do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), serão exibidos: O mundo macro e micro do mosquito Aedes aegypti – Para combatê-lo é preciso conhecê-lo e Aedes aegypti e Aedes albopictus: uma ameaça nos trópicos. O primeiro recebeu diversos prêmios internacionais, entre os quais o segundo lugar no Festival Mif-Sciences, em Cuba, em junho de 2006. Segundo Miguel de Oliveira, para controlar [o vetor] é preciso conhecer o mosquito, o vírus e entender seu ciclo de vida. O biólogo adianta que haverá informações em tempo real, exibidas em projetor de imagens instalado na sala da exposição. Desta forma, o visitante poderá saber como está a dengue no mundo.
Exposição Dengue
Visitação: terça a sexta-feira, das 9h às 16h30, e sábado, das 10h às 16h
Agendamento: (21) 2590-6747
Local: Sala de Exposições do Museu da Vida
Avenida Brasil 4.365 - Manguinhos, Rio de Janeiro
(Com informações da Agência Fiocruz de Notícias)