A Câmara Municipal de Niterói aprovou, em fevereiro, a criação da Frente Parlamentar de Combate à Aids e à Tuberculose. A expectativa é que em março sejam iniciadas as reuniões com as representações da casa, da sociedade civil e de órgãos governamentais municipais envolvidos no tema saúde, com debates abertos à população. A iniciativa tem o apoio e foi comemorada pelos profissionais de Saúde.

“A Frente Parlamentar de Combate à Aids e à Tuberculose é um importante passo dado nessa caminhada de dar à tuberculose, assim como ao HIV/Aids e outras infecções associadas, a importância devida frente ao impacto social das mesmas junto à população em geral e, em particular, junto aos segmentos tradicionalmente mais excluídos e de difícil acesso”, comenta Roberto Pereira, representante do Centro de Educação Sexual (CEDUS), membro da Executiva do Fórum ONGs Tuberculose, membro da Parceria Brasileira Contra a Tuberculose, membro da Comissão Estadual de Aids e Tuberculose da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) e membro da Comissão de Aids e Tuberculose do CMS/RJ.

Segundo Roberto, a Tuberculose foi relegada ao conjunto de doenças negligenciadas desde a descoberta da sua cura e, por isso, continuou a se disseminar pelo mundo. O que foi agravado pelo surgimento de cepas mais resistentes do bacilo de Kock (agente transmissor da doença) e pelo aumento do número de pessoas afetadas pelo HIV que, por debilitar a resistência do organismo, torna essas pessoas mais vulneráveis ao adoecimento e morte.

“Para enfrentar esse cenário de descaso e conseguir mobilizar governos e população em geral para o desenvolvimento de ações mais organizadas e efetivas nesse enfrentamento, o Fórum de ONGs na Luta Contra a Tuberculose do Rio de Janeiro, desde sua criação em 2003, investiu esforços na sensibilização de diferentes atores e segmentos da sociedade que, trabalhando de forma integrada, pudessem criar condições favoráveis a essa luta. Foi assim que em 2007 foi criada a 1ª Frente Parlamentar de Enfrentamento da Tuberculose, neste caso integrando também a Aids por força da sua associação. Partindo dessa experiência exitosa, outras Frentes Parlamentares começaram a ser criadas pelo Brasil”, conta.