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A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um arbovírus (vírus transmitido por mosquito), que pode levar à morte em cerca de uma semana, se não for tratada rapidamente.

Os primeiros casos da febre amarela no Brasil surgiram no século XVII e, desde então, ela se fixou majoritariamente em áreas silvestres do nosso território. Nessas áreas, quem transmite o vírus da doença são os mosquitos Haemagogus e Sabethes e os macacos são os principais hospedeiros. Nos ambientes urbanos, onde o último caso foi registrado em 1942, o vetor é o popular Aedes aegypti. Apesar das campanhas de prevenção, que contribuíram para a erradicação da febre amarela nos centros urbanos, o ano de 2017 começou com os maiores índices da doença nos últimos dez anos.

Diferença entre febre amarela silvestre e urbana

A Febre Amarela apresenta dois ciclos de transmissão epidemiologicamente distintos: a febre amarela silvestre (FAS), que ocorre em primatas não humanos (macacos) e os principais vetores transmissores são mosquitos silvestres (dos gêneros Haemagogus e Sabethes). O ser humano é contaminado acidentalmente, quando vai para áreas rurais ou silvestres que tem a circulação da febre amarela. O ciclo da Febre Amarela Urbana (FAU) envolve o Homem e é transmitido principalmente pelo Aedes aegypti.

Morte de macacos

Os macacos infectados ao morrerem representam um alerta (evento sentinela) para as autoridades sanitárias e moradores de regiões com grandes populações de macacos. Deve-se evitar que o medo resulte em aversão aos animais. Eliminar o macaco hospedeiro não resolverá o problema da febre amarela, portanto ao encontrar um animal morto comunique à Secretaria de Saúde.

Sintomas

Os sintomas iniciais, que duram em torno de três dias, incluem febre de início súbito, calafrios, dor de cabeça, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. O quadro pode evoluir com diminuição da temperatura e alívio dos sintomas, provocando uma sensação de melhora no paciente, com duração de 1 a 2 dias. Em seguida pode reaparecer febre, diarréia e vômitos, com evolução para as formas graves da doença.

Nestes casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia (coloração amarelada da pele e do branco dos olhos), hemorragia, oligúria (produção de pouca urina), anúria (ausência de urina) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20-50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer.

Ao identificar alguns dos sintomas, procure um médico na unidade de saúde mais próxima e informe sobre qualquer viagem para áreas de risco nos 15 dias anteriores ao início dos sintomas e se você observou morte de macacos próximo aos lugares que você visitou. Informe, ainda, se você tomou a vacina contra a febre amarela, e a data.

Tratamento

Não há nenhum tratamento específico contra a doença. O médico deve tratar os sintomas, como as dores no corpo e cabeça, com analgésicos e antitérmicos. Salicilatos devem ser evitados (AAS e Aspirina), já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. O médico deve estar alerta para quaisquer indicações de um agravamento do quadro clínico.

Importante: Somente um médico é capaz de diagnosticar e tratar corretamente a doença.

Como evitar

A única forma de evitar a Febre Amarela é através da vacinação. A prevenção inclui evitar o contato e a picada pelo mosquito, por meio do uso de repelentes, mosquiteiros impregnados com inseticidas, roupas protetoras, telas em portas e janelas.

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE FEBRE AMARELA

Confira aqui perguntas e respostas sobre febre amarela


A vacinação contra febre amarela segue critérios recomendados pelo Programa Nacional de Imunizações. O Ministério da Saúde alerta que, nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração da vacina deve ser condicionada à avaliação médica de risco-benefício. Pessoas com histórico de reação alérgica a substâncias presentes na vacina (ovo de galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos com proteína bovina), além de pacientes com histórico anterior de doenças do timo (miastenia gravis, timoma, ausência de timo ou remoção cirúrgica) também devem buscar orientação profissional.

 

A vacina é indicada para:

  • Idade inicial

A partir dos 9 meses de idade.
Em crianças na faixa etária de 6 a 9 meses de idade incompletos, cuja dose inicial já foi administrada, a mesma não deve ser considerada válida para fins de cobertura vacinal devendo validá-la com nova doses aos 9 meses de idade.

  • Idosos – 60 anos ou mais

Idosos (a partir de 60 anos), pelo maior risco de eventos adversos graves nessa faixa etária, devem passar por avaliação clínico-epidemiológica individualmente de modo a mensurar riscos de adoecimento x benefícios.

  • Gestantes

Poderão ser vacinadas (em qualquer período gestacional) caso residam ou se desloquem para as áreas com recomendação de vacinação ou áreas com recomendação temporária de vacinação.

  • Nutrizes (lactantes)

Poderão ser vacinadas mulheres que amamentam crianças menores de 6 meses caso residam ou se desloquem para as áreas com recomendação de vacinação ou áreas com recomendação temporária de vacinação.

Nesse caso, o aleitamento materno deverá ser suspenso por 10 dias após a vacinação das nutrizes, devendo ser avaliado o risco/benefício da suspensão do aleitamento materno.

Está contra indicada a amamentação em crianças menores de 6 meses de idade.

 

A vacina é contra indicada para:

  • Portadores de comorbidades

Não deverá ser vacinada a pessoa com imunossupressão ou em uso de terapias imunossupressoras, em uso de medicações antimetabólicas ou medicamentos modificadores do curso da doença (Infliximabe, Etanercepte, Golimumabe, Certolizumabe, Abatacept, Belimumabe, Ustequinumabe, Natalizumabe, Canaquinumabe, Tocilizumabe, Ritoximabe e outros terminados com MOMAB, XIMAB, ZUMAB, ou UMAB), transplantados e pacientes com doença oncológica em quimioterapia, que apresentou reação de hipersensibilidade grave ou doença neurológica após dose prévia da vacina, e pacientes com história pregressa de doença do timo, lúpus, doença de Addison e artrite reumatoide.

  • Pessoas com doenças Hematológicas

Não deverão ser vacinadas: pacientes em uso atual de quimioterapia (venosa ou oral); pacientes com Radioterapia em curso; pacientes com outras doenças hematológicas com imunodeficiência (ex: aplasia de medula/anemia aplástica); pacientes com doença hematológica em uso de corticoide isoladamente oral ou venoso; Crianças (em uso de prednisona, ou equivalente, em posologia maior ou igual a 2mg/kg/dia para crianças até 10 kg por mais de 14 dias); Adultos (em uso de prednisona, ou equivalente, em posologia maior ou igual a 20mg/dia por mais de 14 dias).

Após a interrupção do corticoide nas doses relatadas acima, aguardar por quatro semanas antes de vacinar.

  • Pacientes HIV positivo

Poderão ser vacinados adultos e adolescentes desde que não apresentem imunodeficiência grave (contagem de LT CD4+ < 200 células/mm³) e a carga viral esteja indetectável (considerar exame realizado a menos de 6 meses). Recomenda-se adiar a vacinação em pacientes sintomáticos ou com imunodeficiência grave até que a reconstituição imune seja obtida com o uso de terapia antirretroviral. (Nota Informativa SVS/MS nº 01/2017)

 

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