15 de abril de 2019
Evento debate protocolo de atendimento às pessoas em situação de violência
Mais de 180 profissionais de saúde – de maternidades, unidades de Pronto Atendimento (UPAS), Institutos Estaduais, Posto de Assistência Médica (PAM) Coelho Neto e Cavalcanti, Hospitais Eletivos e equipes de Atenção Primária – participaram, no dia 11 de abril, no auditório do Núcleo Estadual do Ministério da Saúde do Rio de Janeiro (Nerj), da Capacitação dos Profissionais de Saúde sobre o Protocolo de Atendimento aos Usuários em Situação de Violência nas Maternidades e nos Serviços de Pronto Atendimento e Emergência das Unidades.
Na abertura do evento, a subsecretária de gestão da atenção integral à saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES-RJ), Mariana Scardua, disse que esse evento abre um espaço de reflexão para “permitir a mudança na prática de atendimento à pessoa vítima de violência”.
Para Thaís Severino, Superintendente de Atenção Primária em Saúde da SES-RJ, a capacitação do profissional de saúde é fundamental. “Temos que tratar da violência de forma mais ampliada, entendendo-a como um fenômeno de construção social para o qual a saúde, articulada com outros setores, deve atuar na promoção da cultura de paz, prevenção, Assistência e reabilitação”, afirmou.
Cláudia Nastari, superintendente de monitoramento da qualidade das unidades de saúde da SES-RJ, ressaltou que deve ser evitada a violência institucional e a revitimização. “Esse trabalho qualifica a rede na humanização do acolhimento”, acrescentou.
O seminário abordou temas importantes para a qualificação, o atendimento e o aprimoramento da notificação compulsória na rede estadual de Saúde. O debate contou com palestrantes qualificados para falar sobre o impacto da Violência sobre a Saúde; detalhando o Protocolo de Atendimento aos Usuários em Situação de Violência nas Maternidades e nos Serviços de Pronto Atendimento e Emergência das Unidades da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro.
A psicóloga da SES-RJ Ana Otoni, que atua na coordenação do GT Violência da SES-RJ, esclareceu que esse GT foi constituído a partir da deliberação CIB-RJ nº 2.523 de 23 de outubro de 2013, com vistas a articular as diversas áreas técnicas, assessorias, gerências e superintendências citadas, no objetivo de garantir atendimento humanizado nos serviços envolvidos na linha de cuidado em saúde para pessoas em situação de violência. Segundo ela, “o trabalho contribuiu para a revisão do protocolo de classificação de risco nas unidades hospitalares do Estado do Rio de Janeiro”.
Ainda de acordo com Ana Otoni, a SES-RJ está na fase implantação de monitoramento da rede de atenção através do Formulário de Risk Assesment para o Cadastro Nacional de Violência Doméstica (CNVD), que vem sendo articulado por Leila Adesse, médica pediatra, atual coordenadora da área técnica de saúde das mulheres da secretaria. A SES está também em vias de implantar um Núcleo Estadual de violência que atuará no setor saúde e articulará com outros setores, contemplando ações que visam abordar a integralidade e a complexidade que a questão da violência exige.
Vale dizer que devido ao avançado da hora, foi remarcada, com a equipe e participantes presentes, nova data para a apresentação da 3a mesa: Notificação e Preenchimento da Ficha de Notificação para o próximo mês de maio.
Confira aqui as apresentações
Política estadual de Humanização - Atendimento á pessoa vítima de Violência
Protocolo de atendimento aos usuários em situação de violência nas maternidades e nos serviços de emergência das unidades da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro
Protocolo de atendimento aos usuários em situação de violência nas maternidades e nos serviços de emergência das unidades da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro - Prevenção e tratamento dos agravos resultantes da violência sexual
Pessoas em Situação de Violência - Qualificando o Atendimento e Aprimorando a Notificação Compulsória na Rede Estadual de Saúde
Importância da Vigilância das violências e Acidentes: A notificação de violência interpessoal/autoprovocada
Alternativas Frente à Gravidez Decorrente de Violência Sexual
Impacto da Violência sobre a Saúde - Mulheres - Ludmila Fontenele Cavalcanti
Pessoas em situação de violência - Pupulação em situação de rua - Diana Ribeiro
Seminário Pessoas em Situação de Violência - qualificando o atendimento e aprimorando a notificação na rede estadual de saúde - Ariane Paiva