Apesar da coincidência, casos de zika e chikungunya nunca foram diagnosticados em Santos, ao contrário da dengue. Exatamente por essa razão é que é grande a possibilidade dos vírus desconhecidos estrearem na Cidade no próximo verão, época em que os mosquitos procriam e se multiplicam com facilidade.

Quem alerta é o infectologista Carlos Roberto Brites, coordenador de pesquisa em virologia do Hospital Universitário Professor Edgar Santos, da Universidade Federal da Bahia, e pós-doutorado pela Harvard School of Public Health. “Em uma população que nunca teve determinada infecção (zika e chikungunya), como Santos, se o vírus entrar, o esperado é que em torno de 35% a 40% (da população) seja infectada num primeiro momento”, complementa.

“O quadro de chikungunya e zika pode ser indistinguível da dengue. Então podem ter existido casos que foram diagnosticados como dengue, já que é praticamente impossível distinguir uma doença de outra só pelos sintomas”, explicou.

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