19 de novembro de 2015
AM monitora zika vírus após surto de microcefalia no Nordeste
O Estado do Amazonas vai intensificar as ações de monitoramento do vírus zika, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e o controle da população de mosquitos no período de chuva, segundo o presidente da Fundação de Vigilância em Saúde no Amazonas (FVS-AM). A ação tem como objetivo prevenir surtos de microcefalia, uma malformação em que o recém-nascido tem o crânio pequeno, com base na possibilidade de que a doença possa estar relacionada ao vírus.
Neste ano, o estado de Pernambuco registrou 141 casos de microcefalia, contra 14 do ano passado. O fato chamou a atenção dos órgãos de saúde no país.
De acordo com o presidente da FVS/AM, o estado de Pernambuco apresentou uma grande epidemia de zika nos primeiros meses deste ano.
“Consequentemente, em uma média de nove meses depois, eles começaram a apresentar casos de microcefalia. O que queremos estudar é essa possibilidade entre o vírus e os casos de microcefalia. O que sabemos é que o zika apresentava quadro benigno, mas pode haver outras consequências”, disse.
De acordo com Albuquerque, o monitoramento do vírus vem sendo realizado por quatro unidades na capital. “Essas unidades funcionam como sentinela. Neste ano, confirmamos um caso na capital e as amostras foram enviadas para o Instituto Evandro Chagas, em Belém”, disse o presidente.
Ainda segundo o presidente da FVS/AM, vai haver uma ação conjunta entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e a Fundação de Medicina Tropical para acompanhar gestantes que possam ter tido contato com o vírus e verificar se há relação com a doença. “Vamos também intensificar o controle da população de mosquitos durante os períodos de chuva”,disse.
Segundo dados da FVS-AM, desde 2010, 19 casos de microcefalia foram registrados no Amazonas, 14 apenas na capital. Em 2015, três casos foram confirmados, sendo um em Manacapuru e dois em Manaus.
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