Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Clipping CIEVS Clipping CIEVS
30 de novembro de 2015
Terceirizados da Saúde ameaçam parar se não receberem atrasados

Hoje é um dia decisivo para que os serviços de limpeza, vigilância e fornecimento de alimentos não sejam paralisados de vez nas unidades de saúde da rede estadual. Os funcionários das empresas terceirizadas fixaram esta segunda-feira como a data-limite para receberem seus salários atrasados devido à crise no estado. Caso contrário, ameaçam cruzar os braços. Por sua vez, o governo garantiu que retomará o pagamento aos fornecedores, conforme havia sido prometido. O secretário estadual de Fazenda, Julio Bueno, confirmou que R$ 166 milhões começarão a ser pagos. O valor corresponde aos repasses do último dia 17, que foram adiados por falta de recursos, e aos do final do mês, outra data fixa para pagamentos.

Ontem, o clima entre os funcionários era de apreensão no Hospital Pedro Ernesto, da Uerj, em Vila Isabel. Oito copeiras faltaram ao trabalho. Já a limpeza era feita por apenas metade da equipe. Havia lixo acumulado no setor das crianças internadas em isolamento e nos corredores do segundo andar.

— O setor de isolamento onde ficam internadas as crianças está sujo. Tem lixo com fezes acumulado — disse uma funcionária da limpeza.

Um empregado que trabalha na cozinha contou que algumas pessoas receberam R$ 15 para a passagem:

— Estou há dois meses sem receber. A sorte é que tenho um outro emprego. Na sexta-feira, algumas pessoas receberam R$ 15 para passagem. Na segunda-feira (hoje), se o salário não estiver na minha conta, não piso neste hospital.

No Pedro Ernesto, os terceirizados são ligados à empresa Construir, de limpeza e coleta de lixo, que também presta serviços no prédio da Uerj, no Maracanã. As aulas na universidade foram suspensas na terça-feira passada, depois de a reitoria ter declarado que a situação era de insalubridade, por causa da descontinuidade desses serviços.

O hospital já tinha suspendido todas as cirurgias eletivas (que não são de emergência) devido à precaridade da limpeza. Procurada, a direção do Pedro Ernesto não foi encontrada para comentar os problemas da unidade.

A falta de pagamento das prestadoras de serviço também teve reflexos em outros hospitais estaduais. Tanto no Rocha Faria, em Campo Grande, quanto no Getúlio Vargas, na Penha, e no Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, há funcionários com os salários atrasados. Ontem, os terceirizados da limpeza nessas três unidades estavam trabalhando, mas apenas o lixo acumulado era retirado.

— Estamos fazendo operação tartaruga. Não estamos fazendo faxina — disse um funcionário.

VEREADOR PROPÕE AUDIÊNCIA PÚBLICA

Membro da Comissão de Saúde da Câmara Municipal, o vereador Paulo Pinheiro (PSOL) disse que, diante da crise nos hospitais estaduais e universitários do Rio, vai propor à Comissão de Direitos Humanos da Alerj a realização de uma audiência pública.

— A limpeza de um CTI e de um centro cirúrgico é diferenciada, precisa de profissionais habilitados. Se ela não é feita, a vida dos pacientes que estão internados é colocada em risco — disse o vereador.

Diretor-executivo da Associação das Empresas Prestadoras de Serviços (AEPS-RJ), José de Alencar assegurou que os terceirizados não param se o estado restabelecer os pagamentos:

— As empresas estão lutando com dificuldade, mas vamos dar um voto de confiança ao governo.

No que diz respeito aos servidores, Julio Bueno informou que o estado pagou os salários em dia em todos os meses de 2015, incluindo a primeira parcela do 13º, depositada em julho. Ele disse estar otimista com a perspectiva de pagamento dos salários dos servidores ativos e inativos no próximo dia 2 e da segunda parcela do 13º no dia 17 de dezembro.

Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!