08 de dezembro de 2015
Evidência entre microcefalia e zika é forte, diz diretor da Opas
Para o representante da Opas/OMS (Organização Pan-Americana de Saúde) no Brasil, Joaquín Molina, não há dúvidas de que o vírus zika, identificado no país neste ano e transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, esteja relacionado ao surto de microcefalia em recém-nascidos.
Hoje, a organização acompanha as ações do Ministério da Saúde e tem especialistas em campo em Pernambuco para investigar os casos e propor ações de resposta à emergência em saúde.
Segundo Molina, o relato de sintomas comuns da infecção pelo vírus entre gestantes e os estudos que apontam que o zika age no sistema nervoso central colaboraram para que a relação com o aumento de casos de microcefalia fosse confirmada.
"As evidências se acumulam e apontam que é o zika. Possivelmente alguns cientistas acreditem que é preciso mais evidências, mas como profissional de saúde pública, não tenho dúvida", afirma o diretor. "Há a necessidade agora de identificar como isso acontece, em que momento afeta e como atravessa a barreira placentária. E esclarecer o grau de risco de [o bebê desenvolver] anomalia congênita", completa.
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