12 de janeiro de 2016
Gripe A volta ao ataque, Portugal
É oficial: a epidemia gripal começou e pela primeira vez desde a pandemia de 2009, o vírus da gripe A volta a ser dominante.
A população mais jovem é o alvo principal, precisamente a que não tem indicação da Direção-Geral da Saúde (DGS) para ser vacinada gratuitamente.
Por ter, à partida, uma saúde mais robusta deverá ser capaz de resistir ao ataque, embora não seja de descartar o surgimento de casos graves.
"O nosso modelo informa que o período gripal teve início na semana de 28 de dezembro a 3 de janeiro", afirma a investigadora do Instituto Gulbenkian Ciência (IGC) Joana Gonçalves de Sá, responsável por um modelo que "testa em tempo real a sinalização do início do período gripal". Os dados, concretos, divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Ricardo Jorge (INSA) mostram que as previsões estão certas."A taxa de incidência foi de 51 por 100 mil habitantes", ou seja, 5500 portugueses já adoeceram.
Foram "admitidos dez novos casos de gripe nas unidades de cuidados de intensivos, o valor mais elevado estimado desde o início da época gripal", lê-se no boletim. "Em todos os doentes foi identificado o vírus influenza A, 90% A(H1N1) pmd09", o pandémico.
O diretor-geral da Saúde, Francisco George, sublinha que apesar de a gripe A ter surgido em 2009, "há pessoas que não ainda não têm defesas contra este vírus agressivo". A cientista da Gulbenkian explica ainda que "mesmo as pessoas contagiadas podem não criar imunidade natural".
EXPRESSO