Governo do Rio de Janeiro Rio Poupa Tempo na Web Governo Aberto RJ
Acessibilidade na Web  Aumentar letra    Diminuir letra    Letra normal
Home Fique por dentro Clipping CIEVS Clipping CIEVS
18 de janeiro de 2016
Coqueluche em lactentes está relacionada ao risco de epilepsia, SP

A tosse convulsa na infância está associada a um risco aumentado de epilepsia, aponta um novo estudo, publicado no Journal of the American Medical Association, JAMA. Os resultados ressaltam a importância da vacinação para a tosse convulsa, também conhecida como coqueluche, na infância.

Para realizar o estudo, pesquisadores dinamarqueses usaram os registros governamentais e analisaram dados de 4.700 crianças, nascidas entre 1978 e 2011, que foram diagnosticadas com coqueluche. Cerca de metade foi diagnosticada com a doença quando tinham menos de 6 meses de idade. Cada criança foi comparada com 10 indivíduos controle saudáveis da população em geral.

Entre as 4.700 crianças que tiveram coqueluche, 1,7% desenvolveu, mais tarde, epilepsia, em comparação com 0,9% entre os 47.000 controles. Após o ajuste para idade gestacional, malformações congênitas, história materna de epilepsia e outras variáveis de saúde, os pesquisadores calcularam o risco da criança que teve coqueluche desenvolver epilepsia aos 10 anos de idade e descobriram que era 70% mais elevado do que o de uma criança que não teve a doença.

Os pesquisadores destacam que eles não podem afirmar que se uma criança desenvolveu epilepsia, a causa foi a coqueluche, provocada pela infecção causada pela bactéria Bordetella pertussis. E em qualquer caso, o risco absoluto para a epilepsia é muito pequeno para crianças, cerca de 2 em 100.

'O objetivo do trabalho é destacar que o estudo é um forte argumento para vacinar seu filho. Diversos estudos mostram que a coqueluche é uma doença séria, associada a convulsões e danos cerebrais, mas este é o primeiro estudo a encontrar uma associação com a epilepsia. O mecanismo não é claro, mas os autores sugerem que a tosse convulsa da coqueluche pode reduzir o fluxo de oxigênio para o cérebro. O tema é bastante atual, os surtos de coqueluche aumentam na Inglaterra, nos Estados Unidos e no Brasil', afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

A vacinação é o principal meio de controle da doença. 'Crianças até sete anos devem ser vacinadas contra a coqueluche. Verifique se a carteira de vacinação do seu filho está atualizada. A criança deve receber essa vacina aos 2, 4 e 6 meses de vida com um reforço aos 15 meses e outro entre 4 e 5 anos. A vacina contra a coqueluche faz parte da vacina tríplice (difteria, tétano e coqueluche)', e pode ser aplicada na rede pública ou particular, diz o médico.

'A vacina perde sua validade 10 anos após sua aplicação e, assim como no caso da vacina antitetânica, deveria ser reaplicada a cada 10 anos para garantir, com esse reforço, a imunidade contra a doença. O ideal é que, após a vacinação dos 5 anos, a cada 10 anos, essa vacinação fosse repetida, inclusive, em jovens e adultos', destaca o médico, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial e Cuidados Primários da Sociedade de Pediatria de São Paulo.

Os profissionais de saúde devem se vacinar também. Eles também são foco de transmissão por atenderem crianças e adultos doentes. As mulheres devem ser vacinadas em todas as gestações. No Brasil, a vacina tríplice adulta acelular está à disposição no SUS e nas redes privadas para gestantes entre 27 e 35 semanas de gestação. 'Essa vacina deve ser aplicada em todas as gestações, pois a intenção é a proteção de cada um dos bebês, desde recém-nascidos, e não das gestantes', observa o pediatra.

Investimentos e Notícias

Secretaria de saúde
Links interessantes:
PET Rio sem fumo Rio imagem 10 minutos salvam vidas Xô, Zika !!