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04 de fevereiro de 2016
AIEA vai usar radiação nuclear para esterelizar o mosquito Aedes aegypti

APRESENTADOR ALEXANDRE GARCIA: Nos Estados Unidos, as autoridades confirmaram ontem um caso de transmissão do vírus zika através da relação sexual. Foi a primeira confirmação desse tipo de contaminação e é o primeiro caso de transmissão de zika dentro dos Estados Unidos.

REPÓRTER JORGE PONTUAL: O anúncio foi feito pelo Dr. Christopher Perkins, diretor-médico de Dallas no Texas. Segundo ele, uma pessoa voltou da Venezuela, onde contraiu o vírus, ficou doente e contaminou outra pessoa através do sexo. Foi investigada e excluída a hipótese de que a segunda pessoa tenha contraído zika através do mosquito. O diretor do Centro de Controle de Doenças do governo americano, Dr. Tom Frieden, confirmou, “foi mesmo transmissão sexual”. Amostras do sangue das duas pessoas foram enviadas ao centro, em Atlanta, examinadas em laboratório e, de fato, ambas apresentavam o vírus, disse o Dr. Frieden. Só havia um caso anterior, em 2008, de transmissão do zika através do sexo, e esse caso no Texas é o primeiro em que uma pessoa foi contaminada em território americano. Todos os casos anteriores eram de viajantes que contraíram o vírus em outros países. Depois da confirmação do caso no Texas, o Centro de Controle de Doenças do governo americano passou a recomendar o uso de preservativo para evitar a transmissão sexual do vírus zika. “A maior preocupação é com a possibilidade de um homem que tenha zika transmitir o vírus para uma mulher grávida durante a relação sexual”, disse o doutor Frieden. Mas o Centro ressalva que na quase totalidade dos casos a transmissão é feita por mosquitos. Por enquanto só há um único exemplo de transmissão sexual.

APRESENTADOR ALEXANDRE GARCIA: A Organização Mundial de Saúde afirma que a relação entre o vírus da zika e a microcefalia existe e é real. Até que alguma pesquisa mostre o contrário. Cecília Malan, qual é a prioridade da OMS neste momento?
APRESENTADORA CECÍLIA MALAN: O combate ao mosquito transmissor, Alexandre, e a prevenção que passa pelo desenvolvimento de uma vacina. Nessa guerra contra o Aedes aegypti vale até a radiação nuclear. Veja na reportagem de Bianca Rothier.

REPÓRTER BIANCA ROTHIER: Um planejamento familiar para insetos, assim foi apelidada a técnica curiosa que a Agência Internacional de Energia Atômica acredita que seja capaz de combater o mosquito transmissor do zika vírus. Ao ser expostos a radiação, os machos ficam estéreis. A ideia então é liberá-los na natureza onde vão acasalar com as fêmeas, mas sem gerar filhotes. A agência da ONU afirma que a técnica seria capaz de diminuir pouco a pouco a população do Aedes aegypti. O procedimento já é usado há 15 anos em insetos que prejudicam a agricultura, inclusive no Brasil. Os responsáveis pela pesquisa vão à Brasília este mês discutir as possibilidades. Aqui em Genebra, na Suíça, a Organização Mundial da Saúde monta o plano de resposta global diante do aumento no número de casos de microcefalia em locais onde o zika vírus é encontrado. Entre as medidas já anunciadas está a criação de até 30 centros de monitoramento em diferentes países para identificar o avanço da microcefalia. A decretação de emergência de saúde pública internacional deve liberar mais recursos para o avanço nas pesquisas. A farmacêutica francesa Sanofi anunciou que vai usar o conhecimento adquirido no desenvolvimento de vacinas para vírus similares, como o da febre amarela e o da dengue, para criar uma nova vacina contra o zika. A OMS promete coordenar os esforços internacionais, especialmente antes que a doença se espalhe pela África e pela Ásia. Os dois continentes têm o mosquito transmissor e também as mais altas taxas de natalidade do planeta. A Tailândia e a Indonésia já registraram casos suspeitos.

APRESENTADORA CECÍLIA MALAN: Outro laboratório japonês, Takeda, também anunciou que já começou a investigar uma vacina contra a zika. Ana Paula.

APRESENTADORA ANA PAULA ARAÚJO: Que venha logo essa vacina, não é, Cecília? Obrigada, viu, até já. E aqui no Brasil, os casos de microcefalia confirmados subiram em quase 50% em uma semana. Só uma parte deles pequena já foi associada ao vírus da zika, os outros casos ainda estão sendo investigados. Vamos ver aqui como é que está o quadro geral. Olha, os casos confirmados dispararam de 270 para 404, olha aqui, um aumento de quase 50% e os casos suspeitos subiram em uma semana em 14%. Agora temos 4.783 casos. A região Nordeste ainda é a que mais sofre com os casos de microcefalia. No Nordeste estão 98% dos municípios que já têm casos confirmados da doença. Pernambuco é o que tem maior número de municípios seguido por Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Alagoas, Piauí, Ceará, tudo no Nordeste, só depois é que temos aqui Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Até agora, em 17 casos já foi comprovada a transmissão de microcefalia pelo vírus da zika, mas lembrando que isso é o que já foi comprovado, não quer dizer que os outros casos não tenham ligação com o vírus da zika, porque ainda estão sendo investigados.

Fonte: Bom Dia Brasil

Secretaria de saúde
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