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17 de março de 2016
MS : dados mostram avanço da sífilis congênita em todo país

Em 2008, o Brasil registrava 7.920 casos de grávidas infectadas pela bactéria Treponema pallidum e, em 2013, 21.382. Já nos casos dos bebês nascidos com sífilis no mesmo período (2008-2013), o avanço foi de 5.728 (dois casos para cada 1 mil nascidos vivos) para 13.705 (4,7 para cada 1 mil nascidos vivos).
Relatório interno do Ministério da Saúde (MS), assinado por Fábio Mesquita, diretor do Departamento de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), Aids e Hepatites Virais da pasta, aponta para 2016 28.226 diagnósticos prováveis da infecção em grávidas e 16.226 de sífilis congênita (5,6 a cada 1 mil nascidos vivos).

As causas incluem a falta de penicilina no país, a qualidade do pré-natal e questões culturais de prevenção a doenças sexualmente transmissíveis. “A doença é negligenciada e equivocadamente associada à promiscuidade, mas é extremamente prevalecente no Brasil em todas as classes sociais. Diariamente, atendo entre três e quatro casos de sífilis no meu consultório.

Qualquer pessoa que tenha relação sexual desprotegida pode ter sífilis, mas a doença é relegada a segundo plano. A verdade é que não temos a dimensão da sífilis no Brasil, só sabemos que é muito maior do que a gente imagina”, alerta o coordenador científico do Departamento de Infectologia da Associação Paulista de Medicina e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Juvêncio Furtado.

Não é comum entre a população sexualmente ativa a realização do teste rápido para diagnosticar essa DST justamente pelo fato de a doença ser assintomática na grande maioria dos casos em que se manifesta em adultos. O que ocorre na prática é a testagem nas pessoas que são doadoras de sangue e nas mulheres grávidas. O teste em gestantes deve ser realizado na primeira consulta de pré-natal e repetido no terceiro trimestre da gestação e no momento do parto, independentemente de exames anteriores.

O MS diz: “o problema do desabastecimento de todos os tipos de penicilina e seus derivados é global e deve-se à falta da matéria-prima, que é produzida apenas na China e na Índia. Desde os primeiros relatos de dificuldade de aquisição por parte dos estados e municípios brasileiros, em 2014, o Ministério da Saúde tem mantido contato com os produtores nacionais para avaliação do abastecimento no país”. Já se vão dois anos e o problema não foi solucionado. “Estamos diante de uma doença com remédio efetivo e diagnóstico barato e ainda continuamos a ter casos de sífilis congênita no Brasil”, lamenta o infectologista Juvêncio Furtado.


Fonte: Jornal do Commercio

Secretaria de saúde
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