17 de março de 2016
Ebola: OMS anuncia fim do ressurgimento de epidemia na Serra Leoa
O mais recente ressurgimento de ebola na Serra Leoa terminou, anunciou hoje, 17, a OMS , que considera este acontecimento "um novo marco no esforço do país para derrotar" a doença. Em comunicado, a OMS diz que passam hoje 42 dias, ou seja dois ciclos de incubação do vírus, desde que o último doente confirmado no país teve o seu segundo resultado negativo.
Este último ressurgimento de ebola fez elevar para 3.590 o número de mortos na Serra Leoa durante uma "epidemia que devastou famílias e comunidades em todo o país e perturbou todos os aspetos da vida", acrescenta a OMS.
A OMS diz que o fim deste ressurgimento é "um novo marco no esforço do país para derrotar o ebola" e elogia o governo, os parceiros e o povo da Serra Leoa pela resposta rápida a este novo surto. No entanto, a organização avisa que a Serra Leoa, assim como a Libéria e a Guiné-Conacri, ainda estão em risco de novos ressurgimentos, sobretudo devido à persistência do vírus em alguns sobreviventes.
"É preciso manter uma vigilância forte e uma capacidade de resposta de emergência, assim como rigorosas práticas de higiene em casa e nos serviços de saúde, e uma participação comunitária ativa", pode ler-se no comunicado. Para os sobreviventes, a OMS pede cuidados de saúde, rastreios e aconselhamento.
A Serra Leoa foi inicialmente considerada livre da transmissão de ebola a 07 de novembro, a Guiné-Conacri a 29 de dezembro de 2015 e a Libéria a 14 de janeiro de 2016. A epidemia de ebola na África Ocidental afetou 28.637 pessoas e matou 11.315 delas. Iniciada em dezembro de 2013 na Guiné-Conacri, a epidemia propagou-se depois aos vizinhos Libéria e Serra Leoa, três países que concentraram 99% dos casos, bem como à Nigéria e Mali.
Agência Lusa