23 de março de 2016
Ao comemorar fim da crise hídrica, governo de SP encobre problemas
Com as fortes chuvas que marcaram o período de dezembro a março, as notícias sobre a crise hídrica no Sistema Cantareira têm se centrado em novas questões. A iminência de uma catástrofe hídrica, que dominou o noticiário em 2015, foi substituída pelas notícias sobre a saída do volume morto, a redução do racionamento feito pela Sabesp, o aumento do consumo de água e a recente declaração do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sobre o fim de crise da água na maior cidade do país.
Ninguém em sã consciência pode lamentar ou não festejar o volume de chuvas acima da média, que tem contribuído para a recuperação, ainda que de forma lenta, de um dos mais importantes mananciais a fornecer um dos insumos mais vitais para o dia a dia da cidade. Mas, o que poderia ser considerada uma boa notícia, revela mais uma vez a falta de uma política de racionalização do consumo da água e melhoria de instrumentos públicos para uma efetiva gestão dos recursos hídricos no estado de São Paulo , que precisa ir muito além de algumas medidas até aqui tomadas, como racionamento e a definição do volume ideal de retirada do Sistema Cantareira.
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