04 de abril de 2016
Em laboratório privado, 52% dos exames de h1n1 deram positivo
Apesar de apenas três casos da gripe H1N1 terem sido confirmados pela Secretaria estadual de Saúde este ano, dados de um laboratório privado indicam que esse número pode ser maior. De dezembro de 2015 para março de 2016, houve um aumento de 1.250% na procura pelos testes rápidos da doença no Richet Medicina & Diagnóstico. Dos exames feitos em março, 52% deram positivo.- Temos apenas uma amostra no laboratório. Não podemos dizer que isso indica um surto. Mas, no começo do ano, tínhamos 10% de resultados positivos. Pode ser um crescimento da doença - diz o patologista clínico Hélio Magarinos Torres Filho, diretor-médico do Richet. Torres Filho diz que o diagnóstico rápido e preciso da doença é fundamental para o início imediato do tratamento e pode evitar o uso desnecessário de antiviral.
Entre os fatores que podem alterar o período de incidência da doença, estão mudanças climáticas, modificações na imunidade da população ou até mesmo a entrada do vírus no território por meio de visitantes estrangeiros ou brasileiros que viajam para o exterior e se contaminam.
No Hemisfério Sul, o vírus geralmente circula de meados do outono até o fim do inverno. Sabemos, no entanto, que há alguns anos ele antecipa essa circulação, como está ocorrendo em São Paulo - diz a virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Na avaliação de Marilda, ainda é cedo para afirmar se o surto que já acontece em São Paulo, onde 38 pessoas morreram, poderá se repetir no Rio.
http://oglobo.globo.com/rio/em-laboratorio-privado-52-dos-exames-de-h1n1-deram-positivo-18995966