07 de abril de 2016
Casos suspeitos de zika e chikungunya dispararam no Rio
Os números da zika passaram de 4.289 em 22 de março para 24.600 em 1º de abril - um aumento de quase seis vezes. Desses, 17.799 casos foram confirmados e 105 descartados. Os casos de chikungunya dobraram. Eram 235 até 22 de março e passaram a 469. Do total, 123 confirmados e 22 descartados. O aumento do número de casos já era esperado pelo secretário de Vigilância em Saúde, Alexandre Chieppe. "Historicamente, o Rio de Janeiro tem picos de transmissão no mês de abril. Já esperamos um aumento maior de casos para este mês", afirmou.
Chieppe ressaltou, no entanto, que ainda é cedo para analisar o aumento dos casos de zika, doença que teve o primeiro registro no estado há um ano e só se tornou de notificação obrigatória há dois meses. "Essa notificação é muito recente. Estamos no início do processo de avaliação. Pode ser que municípios estejam lançando só agora dados do início do ano, quando a notificação ainda não era compulsória", afirmou.
"Tem havido dificuldade para o lançamento de dados no Sinan. Ocorrem atrasos das prefeituras para enviar as informações", disse Chieppe.
Kits para diagnóstico rápido de zika, dengue e chikungunya podem ser distribuídos ainda este ano.
Uma pessoa morreu de dengue. No mesmo período de 2015, foram registrados 18.159 casos de dengue. Ao longo do ano, 71.791 registros da doença e 23 mortes. Segundo Chieppe, há epidemia em municípios na Região Serrana e no Noroeste Fluminense. Foram instalados centros de hidratação em Campos (Norte Fluminense), Nova Friburgo e Cordeiro ( Região Serrana), Iguaba e Araruama (Região dos Lagos). "Obviamente que no cenário de crise financeira, podemos ter sobrecarga no atendimento de algumas unidades. Mas já avaliamos os municípios, mapeamos locais que poderão receber centros de hidratação para garantir o fluxo adequado dos pacientes com dengue", afirmou Chieppe.
http://noticias.r7.com/saude/casos-suspeitos-de-zika-e-chikungunya-dispararam-no-rio-06042016