14 de abril de 2016
70% dos pacientes com complicações graves provocadas pelo vírus h1n1 têm menos de 2 anos, PE
Dos 10 pacientes que apresentaram complicações graves provocadas pelo h1n1 em Pernambuco este ano, nove são crianças. Sete delas têm menos de 2 anos, uma tem 2 anos e outra tem 5 anos. Todas apresentaram a síndrome respiratória aguda grave (srag), conhecida como a forma mais grave de gripe.
Esse recorte que evidencia a concentração dos casos graves de gripe em crianças acende o alerta da necessidade de cuidado reforçado e precoce diante de quadros gripais, especialmente na população com menos de 2 anos. Trata-se de um grupo em que o h1n1, em vez de causar síndrome gripal, pode se apresentar de forma mais agressiva. “Isso reforça a importância da vacina nessa população. Crianças que têm complicações por causa da influenza (popularmente conhecida como gripe) provavelmente não foram imunizadas”, diz o presidente da Sociedade de Pediatria de Pernambuco, pediatra Eduardo Jorge da Fonseca Lima.
A vacina contra gripe também é valiosa para oferecer proteção contra pneumonia, segundo mostra a tese de doutorado de Eduardo Jorge. “A conclusão é que a chance de internamento por pneumonia foi 3,7 vezes maior nas crianças menores de 2 anos que não tinham tomado a vacina de gripe, quando comparadas com as que tinham se imunizado”, destaca o pediatra, que vê o vírus influenza como um agente que pode facilitar a infecção bacteriana. “A infecção pelo influenza destrói a defesa e favorece uma bactéria, especialmente o pneumococo”, ressalta Eduardo Jorge.
http://jconline.ne10.uol.com.br/canal/cidades/saude/noticia/2016/04/13/h1n1-70_porcento-dos-pacientes-com-complicacoes-graves-provocadas-pelo-virus-tem-menos-de-2-anos-230735.php