Os Estados Unidos já contabilizaram mais de 350 casos de pessoas que foram infectadas no exterior e depois voltaram ao país, mas ainda não registraram nenhum caso de alguém infectado dentro das fronteiras do país. Isso agora deve mudar, segundo o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, Anthony Fauci : "É provável que tenhamos o que se considera um surto local".O zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti e também através do sexo, pode ainda transmitir aos adultos a síndrome paralisante de Guillain-Barré. O mosquito Aedes, principal transmissor da doença, está presente em cerca de 30 estados norte-americanos.

Fauci afirmou que a expectativa é de que pessoas sejam picadas pelo mosquito e sejam infectadas pelo zika, mas o número de doentes não deve ser grande."Estamos falando de vinte casos, dezenas de casos, no máximo." Ele também levantou a possibilidade de outras doenças neurológicas serem eventualmente relacionadas ao zika, o que considera "perturbador". Ainda assim, Fauci evitou recomendar mulheres norte-americanas a não engravidarem devido ao medo de dar luz a um bebê com microcefalia. "Nesse momento nos Estados Unidos elas (mulheres) não precisam se preocupar tanto. Não temos surtos locais", concluiu.

Fonte: Reuters Focus