20 de abril de 2016
Risco para bebês em UTIs, Niterói, RJ
A UTI neonatal do Hospital da Mulher Heloneida Studart, em São João de Meriti, na Baixada, está superlotada, colocando em risco os recém-nascidos ali internados. Na unidade de tratamento intensivo, onde há 20 leitos, 33 bebês estão em incubadoras. Já na unidade intermediária (UI), 40 crianças dividem o espaço com capacidade para 30. A dificuldade de transferência também é enfrentada por médicos do Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, onde, segundo funcionários, uma tubulação de esgoto se rompeu na noite de sexta-feira, 15, inundando a UTI neonatal.
- Não estamos conseguindo transferir os recém-nascidos do Hospital da Mulher porque o estado não está pagando os leitos contratados em UTIs particulares. Temos dois bebês em incubadoras de transporte, berços fechados com aquecimento próprio e balão de oxigênio, pois não há mais saídas de oxigênio disponíveis na UTI - relatou um profissional da maternidade que pediu anonimato.
Presidente do Sindicato dos Médicos, Jorge Darze confirma o quadro dramático por que passam médicos que atuam no Hospital da Mulher:
- A superlotação é uma das causas de infecção hospitalar e pode levar bebês à morte.
No Azevedo Lima, a equipe passou o fim de semana tentando transferir as crianças. - No sábado, conseguimos remover seis recém-nascidos. Os demais foram para a UI, que é pequena. Tentamos até a rede municipal, porque a rede contratada não está recebendo pacientes por falta de pagamento - contou um profissional da unidade.
Segundo ele uma tubulação de resíduos da central de esterilização e expurgos do Centro Obstétrico, que fica no terceiro andar, estourou, derrubando parte do teto da UTI neonatal, que fica no segundo andar. Outra funcionária confirmou o ocorrido:
- Aquela água com fezes, resto de placentas e tudo mais descartado no Centro Obstétrico caiu sobre as incubadoras. Ficou todo mundo doido.
Fonte: Extra