02 de maio de 2016
UNFPA diz que surto de zika é resultado de ausência de direitos como acesso a saneamento
As mulheres precisam ser o foco da resposta ao vírus zika em todo o país, enquanto o surto surge como consequência de um cenário de ausência de direitos a saneamento básico e serviços de saúde reprodutiva para as mulheres no país, disse a representante auxiliar do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) na sexta-feira (22) durante evento do Instituto Patrícia Galvão, em São Paulo. Representante auxiliar do UNFPA, Fernanda Lopes participou do painel “Acesso à Informação e Planejamento Reprodutivo no Contexto da zika”, ao lado da diretora de pesquisa da consultoria Data Popular, Maíra Saruê, da neuropediatra Ana Van Der Linden e da socióloga Jacqueline Pitanguy.
Fernanda destacou que o combate ao zika deve ter “centralidade no direito da escolha informada, voluntária, livre de coerção, disseminação e qualquer tipo de violência para com as mulheres, em relação ao planejamento da sua vida reprodutiva”. A neuropediatra Ana Van Der Linden, uma das primeiras profissionais a identificar o aumento da incidência do novo tipo de microcefalia e demais alterações neurológicas posteriormente associadas à infecção pelo zika, destacou o erro que a mídia vem cometendo ao simplificar a abordagem do problema. Mediadora do evento, a coordenadora da Radio Agência Nacional EBC, Juliana Nunes, defendeu a articulação das discussões entre profissionais de comunicação e saúde e as mulheres, ressaltando o papel que mídias como o rádio têm nesse processo. “Essas mulheres precisam se tornar protagonistas de suas vidas e da solução para o problema”.
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