12 de maio de 2016
Vigilância Sanitária no Rio, nos Jogos Olímpicos, é tema de debate
Debater as questões relacionadas à vigilância sanitária no Rio de Janeiro no contexto dos Jogos Olímpicos 2016 foi o objetivo do Centro de Estudos Miguel Murat de Vasconcellos (27/4) da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz). Durante o evento, foi lançando o jogo educativo Vigilância Sanitária nos Eventos de Massa, desenvolvido pelo Centro Colaborador em Vigilância Sanitária (Cecovisa/Ensp), em parceria com a Coordenação de Educação a Distância (EAD/Ensp) e com a Secretária Municipal de Saúde (SMS/RJ), e financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).
Cláudio Maierovitch apresentou a Câmara Temática de Saúde dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, um trabalho que integra muitas instituições. Ele pontuou que cada grande evento representa um desafio e os Jogos Olímpicos serão um enorme por se tratar de um grande volume de pessoas concentradas no mesmo espaço em um curto período. “Tudo é muito rápido quando se começa a pensar em um evento desse porte. Para eventos de massa, é preciso a combinação entre prevenção, monitoramento e reação para qualquer tipo de situação”, analisou. De acordo com o diretor, entre as ações que marcam o planejamento, merecem destaque aquelas relacionadas à informação e comunicação por terem a missão de fornecer informações de interesse público antes e durante o evento.
Cláudio contextualizou, brevemente, questões de gestão da informação. Segundo ele, houve a instalação do Centro Integrado de Operações Conjuntas de Saúde (CIOCS) que possui três frentes de atuação: monitoramento, reposta rápida aos eventos de Saúde Pública e relatório de divulgação de informações. O Centro Integrado funcionará no Rio de Janeiro e haverá sala de situação em Brasília. A gestão operacional é tripartite (SMS, SES, Anvisa/MS) e irá atuar no CIOCS. O Centro foi ativado durante os eventos-teste de hipismo e remo (agosto de 2015) e ativado também nos eventos-teste de fevereiro de 2016.
Na Vigilância em Saúde está em fase de elaboração um Plano de Ação de Vigilância em Saúde para os Jogos, um aplicativo de vigilância participativa – os Guardiões da Saúde –, além do Guia Saúde do Viajante atualizado e de estratégias de combate ao Aedes aegypti. “É preciso pensar no pior cenário possível. Se as coisas não acontecerem, ótimo; mas estamos preparados para tudo.”
Portanto, é necessária preparação antes, durante e depois. Comunicação e informação, por exemplo, são fundamentais antes e durante os eventos. É preciso lembrar também que o pós-evento é muito importante para fazer análises que vão ajudar no desenvolvimento de outros eventos”, finalizou o diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis.
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