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16 de maio de 2016
Artigo aborda eutanásia de cães com leishmaniose no Brasil

Um artigo polêmico que questiona a eutanásia em cães com leishmaniose visceral foi publicado pelos pesquisadores Carlos Saldanha, do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), Érica Gaspar Silva, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), e Rodrigo Vilani, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Em O uso de um instrumento de política de saúde pública controverso: a eutanásia de cães contaminados por leishmaniose no Brasil, publicado na revista Saúde e Sociedade da Universidade de São Paulo (USP), os estudiosos levantam questionamentos, tomando por base “evidências científicas atuais e análises do ordenamento jurídico brasileiro, realizadas a partir do princípio da precaução e do reconhecimento dos animais como seres sencientes”.

Nas palavras de Virginia Williams, presidente da Comitê Consultivo Nacional de Ética Animal (do inglês, National Animal Ethics Advisory Committe), da Nova Zelândia, essas evidências seriam o que indica que animais “podem experimentar emoções positivas e negativas, incluindo dor e angústia”.

“A primeira motivação para o artigo, de caráter geral, está relacionada à atuação da Administração Pública de forma fragmentária, imediatista e sem a observação de evidências científicas. Esta medida está longe de se apresentar como solução e demonstra a ausência de uma perspectiva holística das mazelas sociais e urbanas no Brasil", explicou Carlos Saldanha, do Icict/Fiocruz. "No caso abordado, uma segunda motivação reflete esse modelo de atuação governamental, ou seja, a opção por medidas repressivas, como o extermínio animal, desconsiderando ações preventivas, como o saneamento, o combate ao mosquito transmissor e programas de educação e conscientização ambiental”.

Eutanásia como solução?
Diretor da Academia de Medicina Veterinária no Estado do Rio de Janeiro (AMVERJ), o médico veterinário Deoclécio Bezerra Brito acredita que não. “Vetores reservatórios de uma forma geral ocasionarão a transmissão das leishmanioses ao homem e aos diversos animais”, afirmou. (...) Já se tem comprovação que a eliminação desses cães, que de fato são vítimas da doença, não nos mostram um resultado satisfatório.
Para Rodrigo Vilani, da Unirio, a norma estipulada no Manual não trata a causa. “Pesquisas recentes, ou seja, não utilizadas pelo Manual do Ministério da Saúde, indicam que não há uma relação entre o sacrifício de cães e a prevalência local de leishmaniose. Isso impõe à Administração Pública atuar preventivamente, realizando um preciso diagnóstico das circunstâncias urbanas locais para a definição de medidas e áreas prioritárias de atuação”, disse.

Saiba mais.

Secretaria de saúde
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