24 de maio de 2016
Instituto confirma Aedes aegypti como vetor do vírus zika
Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) encontrou, pela primeira vez, mosquitos Aedes aegypti infectados pelo vírus zika na natureza. Outras espécies estão livres do vírus. “Não estamos perdendo esforço nem recursos humanos ou financeiros para atacar outro mosquito que teoricamente não transmite o zika”, disse o coordenador da pesquisa, Ricardo Lourenço. Em junho do ano passado, o Instituto Oswaldo Cruz passou a capturar mosquitos próximos a residências de casos suspeitos de zika e nos seus arredores, para poder confirmar quais mosquitos transmitiriam o vírus zika.
“O que nós fizemos foi a captura na casa das pessoas e na vizinhança de casos suspeitos e examinamos todos os mosquitos encontrados. Qualquer mosquito que fosse encontrado nessas casas de casos suspeitos, nós examinamos para buscar o vírus zika. E nós só encontramos no Aedes aegypti”, disse o pesquisador.Na avaliação de Ricardo Lourenço, a descoberta do instituto ajuda a sedimentar o papel do mosquito Aedes aegypti como vetor do vírus zika. “Traz uma certa estabilidade, uma tranquilidade de que nós estamos atacando o inimigo certo. Esse é o fato mais importante”.
Ainda segundo o IOC, a descoberta do mosquito naturalmente infectado complementa outra descoberta, publicada em março deste ano,2016, que havia demonstrado a competência vetorial de mosquitos brasileiros para a transmissão do vírus zika. Esse estudo foi feito em parceria com o Instituto Pasteur, da França, e publicado na revista científica internacional ‘Plos Neglected Tropical Diseases’.
Fonte: Agência Brasil