01 de junho de 2016
Entenda as fases de testes e como funcionará a vacina contra o zika
Em novembro deste ano, a vacina contra o vírus zika deve começar a ser testada em animais. Essa fase antecede os testes feitos em seres humanos, a fronteira final para que a vacina possa ser usada na população para combater o vírus que está relacionado a casos de microcefalia em bebês. "Tenho certeza de que vai funcionar. Estou falando isso de forma concreta, em um tempo menor do que o previsto." A afirmação é do diretor do Instituto Evandro Chagas, Pedro Vasconcelos, que coordena a equipe paraense que trabalha para desenvolver a vacina contra o zika vírus. Segundo ele, as doses estarão prontas para os testes clínicos em humanos até fevereiro do ano que vem.
Os pesquisadores brasileiros atuam em parceria com a universidade Medical Branch do Texas, nos Estados Unidos. "O desafio é produzir mutações em determinados genes do vírus que façam com que ele perca a capacidade de provocar a doença, mas sem que isso afete a indução da produção de anticorpos, que é o que protege contra a infecção, é isso que estamos fazendo", afirmou Vasconcelos. É exatamente esse equilíbrio que está sendo testado para se chegar ao resultado final da vacina.
"Essa vacina não visa à eliminação total do vírus, mas sim proteger as mulheres em idade fértil de se infectarem durante a gestação para que, antes de estarem grávidas, a infecção não leve a lesões como a microcefalia nos fetos, por já terem a proteção vacinal". Contudo, o tratamento não é indicado para as mulheres grávidas por conta dos riscos de contaminação dos fetos. Para esse grupo, o pesquisador ressalta que um outro tipo de vacina terá de ser fabricado.
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