A OMS recomenda que casais que vivem em locais com surto do vírus zika adiem ou pelo menos considerem adiar uma gravidez. Para os estrangeiros ou mesmo moradores que apresentarem algum sintoma, a sugestão publicada pela entidade é de que esperem pelo menos seis meses para iniciar uma gravidez.

Alertando para o fato de que a transmissão sexual do vírus é mais importante do que se imaginava, a OMS decidiu duplicar os prazos de espera para mulheres que queiram engravidar. Pela primeira vez, calendários são recomendados para diferentes grupos de risco e a entidade deixa claro que a proliferação do vírus em relações sexuais é "mais comum" do que se imaginava.

A orientação está sendo feita depois que novos estudos feitos pela entidade, além de cientistas, apontaram que o vírus tem um período maior de permanência no sêmen, além do que se previa. Alguns estudos chegaram a indicar que ali a carga do vírus é 100 mil vezes maior do que no sangue e ele pode permanecer ativo por 14 dias. No total, dez países já registraram essa transmissão, incluindo EUA, França e Alemanha.

Em casos de brasileiros ou estrangeiros que visitem o Brasil e tenham sintomas como febre e conjuntivite, a sugestão é de que a espera seja de seis meses. "Isso é uma forma de garantir que o vírus deixe o corpo", apontou Christian Lindmeier, porta-voz da OMS. Outra mudança se refere a casais que tenham estado no Brasil, mesmo sem dar sinais de sintomas. "Essas pessoas devem esperar oito semanas", indicou. A OMS também pede que homens que voltem de locais com o surto usem preservativos por dois meses. Caso suas parceiras estejam grávidas, a proteção deve ocorrer até o fim da gestação. Outra opção é a abstinência.

Fonte: Agência Estado