09 de junho de 2016
Cientistas e representantes de 30 países discutem remédios para zika e ebola
Ignoradas pelos grandes laboratórios farmacêuticos por atingir majoritariamente a população mais pobre, as doenças negligenciadas, que afetam aproximadamente 1 bilhão de pessoas no mundo e 16 milhões no Brasil, serão ( foram ) tema de um encontro internacional que reúne ( reuniu) cientistas e representantes de 30 países desta segunda até quarta-feira,8, no Rio de Janeiro. Eles vão discutir as emergências mundiais de saúde, bem como a necessidade de ampliar o acesso a medicamentos e outros recursos terapêuticos e preventivos.
Entre os temas que serão (foram) debatidos estão zika e ebola e a resistência a medicamentos, além da descoberta de novos remédios para combater a doença de Chagas e a leishmaniose. O ciclo da doença de Chagas, por exemplo, foi mapeado em 1906 e até hoje não existem drogas com eficácia ideal, de baixo custo e fácil manejo no tratamento. O não tratamento precoce de Chagas custa direta e indiretamente aos cofres do país mais de 130 milhões de dólares ao ano.
“Até quando o mundo vai viver estas epidemias e se ver despreparado na hora em que uma epidemia explode? Como fazer com que estas inovações cheguem a quem mais precisa? Como não atuar somente em crise?”, questiona Carolina Batista, diretora médica da DNDi (Iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas), que organiza o evento. Fiocruz, BNDES e universidades brasileiras e de outros países, como a de Harvard e de Barcelona, estarão (estiveram) representados.
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