10 de junho de 2016
Samarco tem 10 dias para solucionar vazamento de rejeitos em Mariana, MG.
O Comitê Interfederativo criado para supervisionar o cumprimento do acordo firmado pela Samarco para recuperar os danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), deu 10 dias para que a empresa detalhe como vai conter os rejeitos de minério que continuam escoando em grande volume pela bacia do Rio Doce.Um das descrições mais repetidas por ambientalistas e autoridades para se referir à tragédia de Mariana é a de que se trata de um desastre ambiental “em curso”. Uma das principais razões para isso é o imenso volume de rejeitos de minério - mais de 13 milhões de metros cúbicos - ainda retido na região do rompimento e em margens e afluentes da bacia.
Rio Doce
Quando chove sobre a área, o material escoa até a foz do rio Doce, no Espírito Santo, deixando pelo caminho um rastro de poluição. Para lidar com o problema, diques de contenção provisórios foram instalados pela Samarco, mas essas estruturas esgotaram rapidamente sua capacidade de armazenamento. “A inação das partes Samarco e Consórcio Candonga representa o pior cenário”, disse o Comitê Interfederativo em relação ao problema. Pelo acordo firmado entre o governo e a Samarco há três meses, a dragagem emergencial da barragem de Candonga deveria ter começado em 28 de março.
Procurada, a Samarco não disse porque ainda não iniciou o trabalho. A empresa, cujas proprietárias são a mineradora brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Billiton, também não respondeu aos pedidos da Agência Brasil. A barragem de Fundão, em Mariana (MG), se rompeu em novembro do ano passado, liberando no rio Doce mais de 60 milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. O desastre matou 19 pessoas e arrasou comunidades próximas, que ainda aguardam a reconstrução.
Fonte: Agência Brasil