14 de junho de 2016
Contaminação nas salas do Hospital de Americana por bactéria KPC , SP
O surto da bactéria KPC no Hospital Municipal de Americana (SP) foi controlado, mas o micro-organismo continua atacando nas salas intermediárias, onde ficam os pacientes que esperam por uma vaga na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), informou a direção. Na sexta-feira (10), uma pessoa que estava infectada morreu, mas ainda não é possível afirmar se o óbito foi causado pela KPC. O resultado desse caso deve sair na próxima semana. Nos últimos quatro meses, 25 pessoas foram infectadas pela KPC no hospital, dessas, 13 morreram em decorrência da superbactéria. É o maior surto vivido pela unidade.
Segundo Arnaldo Gouveia, médico infectologista do hospital, nesse momento há quatro pacientes internados com KPC. Ele admite que a contaminação aconteceu também por falhas das equipes durante o atendimento. O Hospital de Clínicas (HC) da Unicamp de Campinas (SP) também enfrentou uma situação parecida entre 2012 e 2013. Na época, 11 pacientes foram contaminados, mas nenhum morreu. Segundo o médico infectologista Luis Gustavo Cardoso, a agilidade no diagnóstico dentro dos laboratórios e no processo de combate à superbactéria fizeram muita diferença. "Cada vez que isso é detectado, a gente implementa medidas de controle, aumentam essas pesquisas de pacientes colonizados, as medidas de isolamento tentando diminuir e restringir essa disseminação", explica Cardoso.
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