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17 de junho de 2016
A infecção por zika é oportunidade para ciência brasileira

 Nas histórias de sucesso da ciência brasileira, as doenças infecciosas e parasitárias sempre tiveram um papel relevante. Destaco a descoberta da doença de Chagas, tema em que o Brasil ocupa liderança mundial reconhecida. Há muitos anos o Aedes aegypti vem se mostrando um eficiente vetor para a transmissão de uma série de vírus, cujos nomes e doenças por eles causadas vêm se incorporando ao nosso vocabulário cotidiano. Cabe aqui ressaltar que a emergência da infecção pelo zika surpreendeu a todos pela sua gravidade em uma parcela significativa de casos. Por outro lado, levantou um conjunto de questões cujas respostas só podem ser dadas com investigação científica de qualidade.

O Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia foi rapidamente mobilizado no sentido de responder às principais dúvidas sobre o vírus e a doença. A Finep, empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, lançou um edital de R$ 30 milhões para apoio às instituições de pesquisa científica e outro de R$ 300 milhões para apoio, na forma de crédito, ao setor industrial que desenvolve produtos e processos na área. Outro edital acaba de ser lançado pelo CNPq, Capes e Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, envolvendo recursos da ordem de R$ 60 milhões. Algumas fundações estaduais de apoio à pesquisa vêm apoiando pesquisas sobre o zika.

Em poucos meses, se organizou o maior sistema de apoio financeiro à pesquisa em um tema específico de saúde pública no país. O que já está claro neste momento, e merece ser divulgado e comemorado, é a contundente resposta da comunidade científica brasileira, mostrando sua capacidade de enfrentar um problema complexo e que envolve uma abordagem multidisciplinar. Esta resposta pode ser medida pelo significativo número de artigos científicos publicados por nossos pesquisadores em revistas do mais elevado nível internacional. Entre 540 artigos publicados sobre zika em 2016, 15% tiveram a participação de pesquisadores brasileiros. Pela primeira vez, podemos comemorar a publicação de três artigos na "Science", um na "Nature", quatro no "Lancet" e três no "Jama", quatro das mais importantes revistas científicas do mundo, em um período de cinco meses.

Fonte: O Globo.

Secretaria de saúde
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